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Economia

Índices futuros em leve alta com agentes precificando início dos cortes de juros nos EUA

Na agenda de dados domésticos por aqui, saem os números da segunda prévia do IGP-M de abril.
18/04/2024 | 11h04

Após terem fechado em baixa ontem (17), os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo, nesta manhã de quinta-feira (18). As ações avançam junto com os Treasuries hoje, enquanto os mercados globais tentam se estabilizar à medida que os investidores precificam quando os juros vão, de fato, começar a baixar nos Estados Unidos.

Para hoje, os investidores monitoram os números de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e falas de membros de bancos centrais, ao mesmo tempo em que aguardam a divulgação de mais dados corporativos do primeiro trimestre, incluindo os da Netflix.

Das notícias que envolvem o Brasil, fundos estrangeiros estão aumentando suas apostas contra o real, o transformando na moeda de pior desempenho entre as principais do mundo, em meio a uma perspectiva de paralisação dos cortes da taxa básica de juros, a Selic, e uma grande reprecificação das perspectivas para as taxas de juros globais.

Ontem (17), foi divulgado o Livro Bege do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que mostra que a economia norte-americana “expandiu ligeiramente” desde o final de fevereiro e as empresas relataram maior dificuldade em repassar custos mais altos.

Por aqui, o governo de São Paulo finalizou os detalhes do modelo para o follow-on (oferta de ações) e a definição do acionista estratégico para a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo). O novo modelo de venda baseia-se na premissa de que os investidores escolherão a melhor empresa para administrar a Sabesp, e não apenas o preço.

Ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que o BC não fará intervenção no câmbio e sinalizou que o Copom (Comitê de Política Monetária), diante da piora do cenário global, pode rever o guidance de corte da taxa Selic, de 0,5 ponto percentual, de maio.

Na agenda de dados domésticos, saem os números da segunda prévia do IGP-M de abril.

Brasil

O Ibovespa terminou a quarta-feira (18) em queda de 0,17%, aos 124.171 pontos, com os investidores precificando o fato de as projeções indicarem uma taxa Selic mais alta do que o previsto este ano e as incertezas em relação à política monetária nos Estados Unidos.

Ontem (17), alguns assuntos chamaram a atenção do mercado. Do lado positivo, houve forte avanço do minério de ferro no mercado internacional e a divulgação do IBC-Br, considerado o termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), que mostrou avanço de 0,40% em fevereiro.

Do lado negativo, Nova York falou mais alto, arrastando o Ibovespa. Isso porque a sinalização de juros mais altos por lá e taxa Selic por aqui pode ocasionar uma revoada de recursos do mercado brasileiro rumo aos Estados Unidos.

O dólar corrigiu as altas recentes e fechou a R$ 5,2439, um recuo de 0,47% no mercado à vista.

Europa

As bolsas europeias se movimentam majoritariamente em alta hoje, com uma série de fortes resultados corporativos compensando as notícias de que as vendas de carros elétricos em toda a União Europeia caíram mais de 11% no mês passado.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,24%

DAX (Alemanha): -0,01%

CAC 40 (França): +0,40%

FTSE MIB (Itália): +0,01%

STOXX 600: +0,14%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com leve alta hoje, após o fechamento em baixa ontem, enquanto os investidores aguardam por mais resultados corporativos do primeiro trimestre do ano.

Dow Jones Futuro: +0,08%

S&P 500 Futuro: +0,14%

Nasdaq Futuro: +0,22%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam no campo positivo, com algumas delas interrompendo uma sequência de perdas recentes.

Liderando ganhos na região, o índice sul-coreano Kospi avançou 1,95% em Seul, a 2.634,70 pontos, depois de acumular perdas por quatro sessões consecutivas.

Shanghai SE (China), +0,09%

Nikkei (Japão): +0,31%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,82%

Kospi (Coreia do Sul): +1,95%

ASX 200 (Austrália): +0,48%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa, ampliando as perdas da sessão anterior, depois que os Estados Unidos disseram que restabeleceriam as sanções petrolíferas à Venezuela, enquanto a União Europeia falava em novas restrições ao Irã.

Petróleo WTI, -0,75%, a US$ 82,07 o barril

Petróleo Brent, -0,64%, a US$ 86,73 o barril

Agenda

A agenda de hoje tem como destaque pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana, pode chegar a um acordo sobre a taxação de super-ricos até novembro, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem (17). Em viagem aos Estados Unidos, o ministro disse que o governo do presidente Joe Biden apoia a medida, proposta pelo Brasil, que exerce a presidência do G20 até novembro deste ano. Na seara de indicadores, sai hoje o IGP-M (2ª prévia) de abril.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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