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Índices futuros próximos da estabilidade, com inflação ao consumidor e vendas do varejo dos EUA em foco

Por aqui, os destaques são a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras e a divulgação do IBC-Br, considerado uma espécie de termômetro do PIB, pelo Banco Central.
15/05/2024 | 11h28

Os índices futuros operam próximos da estabilidade, nesta manhã de quarta-feira (15), enquanto as bolsas mundiais estão majoritariamente em alta, com os investidores à espera dos dados da inflação ao consumidor e das vendas do varejo nos Estados Unidos.

Para os preços ao consumidor de abril, o consenso LSEG projeta alta de 0,4% na base mensal e de 3,4% na base anual. Já para as vendas no varejo de abril, o consenso prevê alta de 0,4% na comparação mensal.

Ontem (14), foi divulgado o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos EUA. O indicador avançou 0,5% em abril, segundo dados do Departamento do Trabalho do país. O percentual veio acima das expectativas de alta de 0,3% para o mês. Na comparação anual, o PPI avançou 2,2% no mês, em linha com as projeções.

Mas o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, ajudou a acalmar o mercado. Em evento na Holanda, ele disse que a sua confiança na desaceleração da inflação nos Estados Unidos “não está tão forte”, mas afirmou esperar que a inflação caia aos níveis parecidos ao ano passado — e deve convergir à meta de 2%.

“Precisamos ser pacientes e deixar a política monetária restritiva fazer seu trabalho”, disse Powell. “A inflação de serviços não precisa cair a 2%, e deve levar mais tempo [para cair] do que os demais componentes da inflação”, disse.

Por aqui, vários assuntos no radar dos investidores. A demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, na noite de ontem, deve respingar no mercado financeiro hoje, trazendo grande volatilidade.

A Petrobras confirmou a saída de Prates da presidência da estatal e que Ministério de Minas e Energia (MME) indicou Magda Chambriard para exercer os cargos de Presidente da estatal.

Na seara de indicadores, o Banco Central divulga hoje o IBC-Br, considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), de março, com consenso LSEG projetando queda mensal de 0,25%.

Brasil

Ibovespa fechou a terça-feira (14) com alta de 0,28%, aos 128.515 pontos, repercutindo a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que ajudou a debelar as preocupações do mercado financeiro com o futuro da política monetária brasileira.

Basicamente, o documento comprovou que os quatro diretores que votaram pelo corte maior da taxa básica de juros, de 0,50 ponto percentual, não são irresponsáveis em relação à meta de inflação, às questões fiscais e aos cenários interno e externo.

Eles atribuíram seus votos ao cumprimento do guidance da reunião anterior, que indicava corte nessa proporção na reunião da semana passada. Na justificativa, disseram que não seguir o guidance geraria um “custo de oportunidade”.

O dólar terminou a sessão a R$ 5,1303, com queda de 0,40% no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam majoritariamente em alta, com investidores globais esperando os dados da inflação ao consumidor nos EUA.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,21%

DAX (Alemanha): +0,48%

CAC 40 (França): -0,17%

FTSE MIB (Itália): +0,55%

STOXX 600: +1,52%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam próximos à estabilidade, com investidores se preparando para o índice de preços ao consumidor e dados do varejo.

Dow Jones Futuro: +0,02%

S&P 500 Futuro: +0,06%

Nasdaq Futuro: +0,01%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única hoje, com investidores à espera de novos dados da inflação dos EUA, que podem influenciar a trajetória dos juros da maior economia do mundo.

Shanghai SE (China), -0,82%

Nikkei (Japão): +0,08%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,22%

Kospi (Coreia do Sul): +0,11%

ASX 200 (Austrália): +0,35%

Petróleo

As cotações do petróleo operam em trajetória positiva devido às expectativas de redução dos estoques dos EUA.

Petróleo WTI, +0,26%, a US$ 78,22 o barril

Petróleo Brent, +0,23%, a US$ 82,57 o barril

Agenda

A agenda desta quarta-feira é marcada por dados de inflação ao consumidor e do varejo nos Estados Unidos.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, foi demitido ontem (14), após um longo período de desgaste com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. A decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Petrobras informou que recebeu ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) com a indicação de Magda Maria de Regina Chambriard para exercer os cargos de Presidente da companhia e de membro do Conselho de Administração. Ela foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo Dilma Roussef. Na seara de indicadores, sai o IBC-Br de março; consenso LSEG prevê queda mensal de 0,25%.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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