Os índices futuros de Nova York operam majoritariamente em baixa, nesta manhã de segunda-feira (19), em semana marcada pelo o simpósio de Jackson Hole do Fed (Federal Reserve), em Wyoming (EUA), evento que reúne os comandos de bancos centrais do mundo.
O evento principal está programado para sexta-feira (23), quando o presidente do Fed, Jerome Powell, falará sobre as perspectivas econômicas em um discurso às 11h (horário de Brasília).
Na quarta-feira (21), será divulgada a ata da última reunião do Fed, o que vai ajudar os agentes a balizar as apostas sobre o futuro da política monetária estadunidense. A expectativa é de corte das taxas de juros dos EUA na reunião do Fed em setembro.
Por aqui, investidores também devem ficar atentos ao Boletim Focus desta segunda-feira, já que as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) podem ser elevadas, sobretudo após a surpresa positiva com o IBC-Br de junho, que veio bem acima do previsto. Ao mesmo tempo, as projeções para a Selic também podem passar por alta, já que uma atividade mais aquecida pode elevar a inflação.
No âmbito político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com ministros da aérea econômica e líderes do governo, em meio a embates entre Executivo e Legislativo na reta final das discussões para votação do projeto da desoneração da folha de pagamentos.
Brasil
Após oito substanciosas altas, o Ibovespa encerrou a sexta-feira (16) com baixa de 0,15%, aos 133.953 pontos. Porém, o principal indicador da Bolsa brasileira encerrou a semana com avanço de 2,56%, a segunda seguida.
O tom do dia foi dado pelo IBC-Br de junho, considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que avançou 1,4% em junho ante maio, acima do esperado por analistas (+0,50%).
Com o IBC-Br mais parrudo que o esperado, os analistas veem a economia brasileira superaquecida, o que pode pressionar ainda mais o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central para uma alta da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,50%.
Já o dólar comercial voltou a cair, agora com 0,31%, a R$ 5,46, após duas altas seguidas.
Europa
As bolsas europeias operam sem direção única após a recuperação dos mercados globais na semana passada, enquanto traders aguardam sinais sobre os potenciais cortes nas taxas de juros nos EUA.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,14%
DAX (Alemanha): +0,01%
CAC 40 (França): +0,14%
FTSE MIB (Itália): +0,48%
STOXX 600: +0,12%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa, em sua maioria, com o simpósio de Jackson Hole no radar dos investidores e, também, o início da Convenção Democrata, que contará com discursos de Joe Biden, presidente dos EUA, e Kamala Harris, candidata do partido à presidência.
Há expectativas de que os ex-presidentes Bill Clinton e Barack Obama também façam discursos na ocasião.
Dow Jones Futuro: +0,04%
S&P 500 Futuro: -0,06%
Nasdaq Futuro: -0,22%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam mistas, à medida que investidores se preparam para uma série de comunicados de bancos centrais e dados de inflação nesta semana.
O Banco da Coreia divulgará sua decisão de juros na quinta-feira (22), enquanto os dados de inflação do Japão e Cingapura serão divulgados na sexta-feira. A China anunciará suas taxas preferenciais de empréstimos de um e cinco anos nesta terça-feira (20).
Shanghai SE (China), +0,49%
Nikkei (Japão): -1,77%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,80%
Kospi (Coreia do Sul): -0,85%
ASX 200 (Austrália): +0,12%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com queda, com temores de demanda mais fraca na China, enquanto os investidores se concentram no progresso das negociações de cessar-fogo no Oriente Médio, o que pode reduzir os riscos de fornecimento.
Petróleo WTI, -0,77%, a US$ 76,01 o barril
Petróleo Brent, -0,56%, a US$ 79,23 o barril
Agenda
O principal destaque da agenda internacional de hoje é o início do simpósio de Jackson Hole, no Wyoming, evento que deve reunir as principais lideranças de bancos centrais pelo mundo.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), destravou o andamento de propostas que restringem decisões do Supremo Tribunal Federal, em meio ao embate entre o Congresso e o STF pela decisão da corte de congelar parcialmente a liberação dos recursos de emendas parlamentares. Lira decidiu enviar duas PEC (Propostas de Emenda à Constituição) para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara: uma delas limita poderes para ministros do Supremo tomarem determinadas decisões individualmente, e outra prevê que decisões do STF possam ser até mesmo derrubadas pelo Congresso Nacional. Na agenda de hoje, será divulgado o Boletim Focus do Banco Central.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg
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