A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,8 bilhões em agosto de 2024. O resultado representa uma queda de 49,9% em comparação com o mesmo mês de 2023, quando o saldo positivo foi de US$ 9,6 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (5/9) pela Secretaria de Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
O principal fator responsável pelo déficit no último mês foi o saldo da agropecuária, que registrou queda de 19,1% no valor obtido com as exportações. Ao mesmo tempo, a indústria extrativa acompanhou esta tendência e fechou o mês em queda de 8,1% nas vendas para o exterior.
Somente a indústria de transformação superou o resultado de agosto de 2023 e encerrou agosto com um leve aumento de 0,6%.
Em julho, o superávit da balança comercial havia registrado saldo positivo de US$ 7,6 bilhões.
No mês passado, as exportações somaram US$ 29,1 bilhões, o que representa uma queda de 6,5% ante o mesmo período de 2023 (US$ 31,1 bilhões).
A exportação de soja caiu 16,4% em agosto de 2024 ante o mesmo mês de 2023. O milho não moído (exceto o milho doce) recuou 47,0% no mesmo período. Na indústria extrativa, o minério de ferro e seus concentrados recuaram 13,7% período ante agosto de 2023.
Por outro lado, as importações totalizaram US$ 24,3 bilhões no mês, um crescimento de 13% em relação ao mesmo período de 2023 (US$ 21,5 bilhões).
No acumulado do ano, balança comercial tem superávit de US$ 54,1 bi
De janeiro a agosto deste ano, a balança comercial teve superavit de US$ 54,1 bilhões, resultado que representa queda de 13,4% em comparação com o mesmo período de 2023, quando o saldo positivo foi de US$ 62,4 bilhões.
Nos primeiros oito meses do ano, as exportações somaram US$ 227,003 bilhões, alta de 1,1%. Já as importações alcançaram US$ 172,924 bilhões, alta de 6,6%.
A corrente de comércio, soma de exportações e importações, alcançou US$ 399,928 bilhões, alta de 3,4%.
Somente em agosto, a corrente de comércio apresentou um leve aumento de 1,4%, somando US$ 53,3 bilhões.
Pelo lado das importações, todos os quatro setores analisados tiveram aumento do valor comercializado, ficando da seguinte forma:
- Bens de capital: avanço de 28,7%;
- Bens de consumo: 22,6%,
- Bens intermediários: 9,8%); e
- Combustíveis: 2,9%.
Com o resultado negativo em agosto, os segmentos ficaram assim:
- Setor de agropecuária: déficit anual para 7,9%;
- Indústria extrativa: superávit de 15,5%;
- Indústria de transformação: permanece estável no ano, com leve queda de 0,2%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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