Os mercados mundiais operam majoritariamente em alta, nesta quinta-feira (12). Nos Estados Unidos, será divulgada a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) hoje, mais um dado macroeconômico que poderá balizar as apostas para um corte de juros de 25 pontos-base na taxa de juros dos EUA na próxima semana, quando acontece a reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).
Ontem (11), foi divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que subiu 0,2% em agosto, dentro das previsões de economistas, consolidando a expectativa de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros americanos, segundo a ferramenta FedWatch do CME Group.
Para o PPI, o consenso LSEG espera avanço de 0,1% em relação a julho e de 1,8% na base anual. Esses dados, somados aos números de pedidos de seguro-desemprego, que também estão previstos para hoje, podem gerar volatilidade no pré-mercado de Nova York, que opera em alta no momento.
Na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) deve cortar novamente a taxa de juros em 0,25 ponto percentual na reunião de hoje. A expectativa de analistas é que o corte tenha um impacto limitado nos preços.
Também haverá a divulgação de projeções de crescimento na Europa, que podem ser revisadas para baixo, e de inflação.
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pesquisa Mensal de Comércio. O consenso LSEG prevê alta de 0,5% na base mensal e de 4,2% na base anual.
Brasil
Em um dia agitado por dados macroeconômicos e pelas commodities, os mercados passaram por muita volatilidade ontem (11). O Ibovespa inverteu a queda de anteontem (10) e fechou com alta de 0,27%, aos 134.676,75 pontos, um ganho de 357,17 pontos.
A oscilação da Bolsa brasileira nos últimos dias, alternando entre movimentos de alta e de baixa, reflete o sentimento de dúvida entre os investidores sobre o futuro da política monetária, tanto aqui como nos Estados Unidos.
O dólar comercial, que subiu anteontem (10), acabou em baixa na véspera, com -0,11%, cotado a R$ 5,64.
Europa
As bolsas europeias sobem com investidores à espera da decisão de política monetária do BCE (Banco Central Europeu). A expectativa é por um novo corte na taxa de juros de 25 pontos-base.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,88%
DAX (Alemanha): +1,15%
CAC 40 (França): +0,62%
FTSE MIB (Itália): +1,03%
STOXX 600: +0,95%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York sobem nesta manhã, com os investidores à espera dos dados da inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que deve apontar alta de 0,1% em relação a julho e de 1,8% na base anual.
Dow Jones Futuro: +0,07%
S&P 500 Futuro: +0,06%
Nasdaq Futuro: +0,04%
Ásia
Os mercados asiáticos majoritariamente com alta, exceto o Shanghai SE, da China, que repercutiu dados locais. Mas, de modo geral, os ativos por lá se recuperaram depois da renovação do entusiasmo com as ações de tecnologia.
O destaque na região é o índice Nikkei, do Japão, que subiu +3,41% após o índice de preços ao produtor do Japão ter registrado crescimento de 2,5% em agosto, menos do que os 2,8% esperados e os 3% relatados no mês anterior.
Os dados estão entre os principais indicadores observados de perto pelo Banco do Japão. O banco central japonês sinalizou que pretende aumentar ainda mais as taxas de juros nos próximos meses.
Shanghai SE (China), -0,17%
Nikkei (Japão): +3,41%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,77%
Kospi (Coreia do Sul): +2,34%
ASX 200 (Austrália): +1,10%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em alta, ampliando os ganhos da sessão anterior, impulsionados pelo impacto do furacão Francine na produção dos EUA, o maior produtor mundial de petróleo bruto.
Petróleo WTI, +1,41%, a US$ 68,26 o barril
Petróleo Brent, +1,33%, a US$ 71,55 o barril
Agenda
Na agenda internacional, saem hoje o Índice de Preços ao Produtor (PPI), auxílio-desemprego e pesquisa mensal do comércio nos EUA; e a decisão dos juros pelo BCE (Banco Central Europeu).
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a inflação dos alimentos provocada pelo prolongamento da seca preocupa “um pouquinho”, conforme disse ontem (11) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Apesar dos efeitos sobre os preços, ele disse que o problema não pode ser enfrentado por meio do aumento de juros pelo Banco Central (BC). “A inflação preocupa um pouquinho, sobretudo em virtude do clima. Estamos acompanhando a evolução da questão climática, o efeito do clima sobre o preço do alimento e eventualmente sobre o preço de energia faz a gente se preocupar um pouco com isso. Mas a inflação advinda desse fenômeno não se resolve com juros. Juros são outra coisa”, disse Haddad. Na seara de indicadores, o IBGE divulga hoje a Pesquisa Mensal de Comércio.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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