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IBC-Br aponta retração de 0,4% em julho. No ano, indicador acumula avanço de 2,6%

Essa foi a primeira queda do indicador desde março deste ano (-0,2%) e, também, foi a maior retração da atividade econômica mensal desde maio de 2023 (-1,8%).
13/09/2024 | 12h42

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central do Brasil registrou retração de 0,4% em julho, na comparação com o mês anterior, segundo informou a autoridade monetária nesta sexta-feira (13). O resultado foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de compensação, para comparar períodos diferentes.

Essa foi a primeira queda do indicador desde março deste ano (-0,2%) e, também, foi a maior retração da atividade econômica mensal desde maio de 2023 (-1,8%).

Quando comparado a julho do ano passado, o indicador de nível de atividade do BC registrou crescimento de 5,3%. No acumulado do ano (janeiro a julho), cálculo feito sem ajuste sazonal, houve um crescimento de 2,6%.

De julho de 2023 a julho de 2024, o índice apresentou crescimento de 2%. Nesse caso, também foi calculado sem ajuste sazonal.

O resultado do IBC-Br vem depois de a economia brasileira ter crescido 1,4% no segundo trimestre do ano ante o período anterior, segundo informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgadas no início do mês (3/9).

Mas, embora seja considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), o IBC-Br e o indicador do IBGE são calculados com variáveis diferentes.

IBC-Br destoa da atividade econômica aquecida do período

O PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre foi puxado principalmente pela indústria, que apontou alta de 1,8% no período, e o setor de serviços na sequência, que avançou 1,0% no período.

Apesar da retração do indicador do Banco Central, os indicadores têm mostrado atividade econômica aquecida no decorrer deste ano.

Ontem (12), por exemplo, o IBGE divulgou que as vendas no varejo no Brasil voltaram a crescer no mês de julho, após queda em junho. O aumento foi de 0,6%, recuperando parte da perda de 0,9% do mês anterior. No ano, de janeiro a julho o varejo acumula alta de 5,1%. Já nos últimos 12 meses, o acumulado é de 3,7%.

No dia anterior, o instituto também divulgou que o volume de serviços prestados no país seguiu em trajetória de crescimento em julho, apresentando expansão de 1,2% na comparação com junho. Este é o segundo resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 2,9% (junho-julho).

Em agosto, o Banco Central avaliou, por meio da ata da do Copom que a “atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado”.

Em junho, o BC estimou uma expansão de 2,3% para a economia neste ano, mas o dado será revisado no fim de setembro.

Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a equipe econômica deve revisar a projeção de crescimento da economia em 2024 para um valor acima de 3%. Em 2023, o PIB cresceu 2,9%.

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

O comitê vai se reunir na próxima semana para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,50%. Parcela do mercado acredita em alta da taxa de pelo menos 0,25 ponto percentual, pelo fato de a atividade econômica estar aquecida e poder gerar pressões inflacionárias lá na frente, enquanto outra parcela acredita que não faz sentido subi-la no momento.

O Copom persegue a meta de inflação de 3% (centro), definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), podendo variar de 1,5% (piso) para 4,5% (teto). A Selic é uma ferramenta para controlar o indicador, mas seus efeitos são sentidos em um horizonte de seis a nove meses.

Em agosto, o país registou deflação (-0,02%), segundo o IBGE. No ano, a inflação acumulada é de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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