O ex-policial militar do Rio de Janeiro e ex-assessor da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz, se queixou de “ingratidão” e de ter sido abandonado pelos antigos aliados. Em tom de ameaça, Queiroz também afirmou que “o castigo vem a cavalo”. As declarações foram dadas em entrevista à revista Veja.
“Nunca mais falei com ninguém. A última vez foi com o Flávio, no ano passado, na época em que eu queria ser candidato a deputado. Depois disso, nunca mais trocamos ideias”, afirmou Fabrício Queiroz.
“Bolsonaro foi presidente da República. Poderia arrumar algum lugar para eu trabalhar. Já hospedei em casa o Jair Renan, a filha da Michelle… Mesmo assim, nunca tive aceno deles. Até mesmo se eu fosse bandido, não deveriam me abandonar. Mas não tem mágoa com a família nesse sentido. Mas a gente vê o que acontece quando tem ingratidão. O castigo vem a cavalo”, ressaltou mais à frente.
Mesmo com o tom de ameaça, Queiroz afirmou “não tem segredos” que possam comprometer a família Bolsonaro. Queiroz é ligado a diversas ações questionáveis que cercam o clã Bolsonaro, sobretudo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
O ex-assessor é acusado de participação em um esquema de “rachadinha” no gabinete do parlamentar na Alerj, quando ocupava o cargo de deputado estadual.
“Não tem segredo nenhum comigo. E, se tivesse… A família dele não é melhor que a minha para ele sacrificar a minha família e a dele ficar bem. Porque a dele está bem. Na dele, todos são políticos, todos ganham bem. Vou segurar a viola deles para a minha se ferrar? Jamais”, disse Queiroz.
Ainda segundo ele, “se o Jair acenasse para mim com alguma coisa, com certeza eu seria deputado estadual hoje. Agora, eles seguem a vida deles lá, estão numa fogueira danada. Pelo que conheço, acho que o Jair se arrepende de ter sido presidente. Só está tomando porrada, todos da família estão expostos. E o sistema voltou”.
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