Os índices futuros dos EUA operam em trajetória positiva, nesta manhã de segunda-feira (16). Na semana anterior às festividades de fim de ano, o grande assunto no radar dos investidores é a reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que começa nesta terça-feira (17) e termina na quarta-feira (18). A expectativa é que a autoridade monetária reduza os juros em 0,25 ponto percentual.
Atualmente, a taxa de juros americana está na faixa de 4,50% a 4,75%. Com a redução esperada, o intervalo da taxa cai para 4,25% a 4,5%.
Na sequência à divulgação da decisão, acontece a tradicional coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, que pode dar pistas sobre o futuro da política monetária. Lembrando que, em janeiro, toma posse o presidente eleito, o republicano Donald Trump.
Ainda nos Estados Unidos, saem hoje as divulgações do PMI Composto S&P Global (Dezembro) e o PMI do Setor de Serviços. Esses indicadores são determinantes para entender a saúde econômica americana e seus impactos globais.
Na Europa, o Banco da Inglaterra divulga na quinta-feira (19) sua taxa de juros.
Por aqui, o presidente Lula (PT) teve alta ontem (15) e deve permanecer alguns dias em São Paulo enquanto toma pé das articulações políticas em Brasília.
Com a proximidade do recesso parlamentar, o governo corre contra o tempo para aprovar o pacote fiscal, a regulamentação da reforma tributária do consumo e o Orçamento de 2025 ainda este ano.
Na agenda de hoje, será divulgado o Boletim Focus do Banco Central, com as projeções do mercado financeiro para inflação, PIB (Produto Interno Bruto) e outros indicadores.
Brasil
O Ibovespa encerrou o pregão da sexta-feira (13) com baixa de 1,13%, aos 124.612,22 pontos, uma queda de 1.429,99 pontos. A perda acumulada da semana foi de 1,06%.
Nada mais foi igual para a Bolsa brasileira depois que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 11,25% para 12,25% ao ano, em decisão anunciada na quarta-feira (11).
O dólar comercial fechou com avanço de 0,43%, a R$ 6,03.
Europa
As bolsas europeias operam em queda, depois que as ações chinesas caíram após dados decepcionantes de vendas no varejo e enquanto os agentes aguardam as decisões sobre os juros pelo Banco da Inglaterra.
Os traders na Europa também estão cautelosos após a Moody’s ter cortado a nota de crédito da França. Também estão de olho nas eleições na Alemanha. Uma perda do chanceler alemão Olaf Scholz pode desencadear eleições antecipadas. A medida ocorre após o colapso de sua coalizão de governo no mês passado.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,37%
DAX (Alemanha): -0,12%
CAC 40 (França): -0,70%
FTSE MIB (Itália): -0,01%
STOXX 600: -0,25%
Estados Unidos
Os índices futuros dos Estados Unidos terão acesso a dados econômicos atualizados, incluindo as leituras preliminares do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês).
Dow Jones Futuro: +0,12%
S&P 500 Futuro: +0,19%
Nasdaq Futuro: +0,28%
Ásia
Na Ásia, os mercados fecharam a segunda-feira com queda após a divulgação de dados abaixo do esperado das vendas no varejo da China, indicando que a segunda maior economia do mundo continua enfrentando dificuldades para se recuperar depois da pandemia de Covid-19.
O Banco do Japão (BOJ) provavelmente manterá as taxas de juros quando divulgar sua decisão na quinta-feira, enquanto o Banco Popular da China (PBOC) anunciará suas taxas preferenciais de empréstimo na sexta-feira (20). A LPR de um ano influencia empréstimos corporativos e a maioria dos empréstimos residenciais na China, enquanto a LPR de cinco anos serve como referência para taxas de hipoteca.
Shanghai SE (China): -0,16%
Nikkei (Japão): -0,07%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,88%
Kospi (Coreia do Sul): -0,22%
ASX 200 (Austrália): -0,56%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa após um avanço semanal, já que os EUA sinalizaram sanções mais rígidas ao petróleo bruto russo e as autoridades chinesas prometeram reforçar a economia do país.
Petróleo WTI, -1,57%, a US$ 70,12 o barril
Petróleo Brent, -0,87%, a US$ 73,84 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem o PMI Composto S&P Global (dezembro) e o PMI do Setor de Serviços (dezembro).
Por aqui, no Brasil, os integrantes do grupo de trabalho (GT) da Câmara dos Deputados sobre a reforma tributária fizeram um primeiro “pente-fino” nas alterações do Senado para elaborar o parecer. O grupo recebeu um estudo do governo com as mudanças apoiadas pelo Executivo, segundo reportagem do Valor. De acordo com o deputado Claudio Cajado (PP-BA), o grupo trabalha para que a alíquota padrão não ultrapasse 26,5%, o que exigiria uma revisão pelo Congresso sobre os benefícios tributários logo na entrada em vigor do novo sistema.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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