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Reeleito após dizer que não aumentaria tarifa do ônibus, Nunes sinaliza reajuste em SP

De acordo com prefeito, o valor deve ser decidido até o final do ano e não superará a inflação do período
19/12/2024 | 05h00

Por Brasil de Fato

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou que a tarifa de ônibus na capital paulista deve ser reajustada em 2025. Ele justificou a medida citando o aumento dos custos operacionais e a necessidade de manter o funcionamento do sistema de transporte público.

“O esforço que estamos fazendo é de, primeiro, aumento real [acima da inflação] não terá. Segundo, se não conseguirmos manter sem a correção da inflação, será abaixo do índice. Até o final do mês teremos os estudos para tomar a decisão”, afirmou Ricardo Nunes, em entrevista ao canal GloboNews na segunda-feira (16), .

A declaração acontece no contexto de aprovação, pela Câmara Municipal, de R$ 125 bilhões para o Orçamento do próximo ano, o maior já registrado na história do município.

O momento também é de crescentes disputas contratuais com empresas concessionárias, que estão sob investigação por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Para evitar o aumento, seria necessário ampliar os subsídios públicos às empresas de transporte, segundo a prefeitura.

Ricardo Nunes teve o apoio do governador Tarcísio na eleição

Nunes quebrou promessa eleitoral

Em discurso adotado em julho, durante a campanha que resultou em sua reeleição, o atual prefeito afirmou que não pretendia aumentar a tarifa.

“Quem é o único prefeito que manteve a tarifa [de ônibus] por 4 anos? Sou eu. A tarifa zero no domingo também fui eu quem implementou. Com isso, a gente aumentou em 20% a presença nos parques”, declarou à Rádio Bandeirantes na época. “Sou sempre a favor de manter a tarifa, o valor da tarifa é política pública de mobilidade e, por isso, mantenho a tarifa congelada. Eu não pretendo aumentar, não existe essa pretensão.”

Após sua reeleição, no dia 28 de outubro, Nunes passou a aventar a possibilidade de reajuste, com a justificativa de garantir o equilíbrio das contas públicas.

“Minha ideia é manter [a tarifa em R$ 4,40], mas eu não poderia ser irresponsável sem antes olhar todos os dados, dissídios de funcionários, valor do diesel, todo o custo, para saber se a gente pode manter. Porque eu não posso tirar da saúde, da educação, da habitação. Preciso governar mantendo todas as pastas equilibradas”, declarou. “Em dezembro, havendo a possibilidade, minha vontade é manter. Se por acaso não tiver possibilidade, vou explicar para a sociedade.”

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