O promotor Fabiano Augusto Petean, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, considerou improcedente a ação movida por Guilherme Boulos (PSOL) contra o governador Tarcísio de Freitas, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e seu vice eleito, Mello Araújo (PL). A informação foi publicada pelo jornalista Fernando Molica, no site do Correio da Manhã.
Candidato derrotado na eleição para a prefeitura, Boulos acusa Tarcísio de abuso de poder político por divulgar no dia do segundo turno que o PCC pedira em bilhetes votos para o psolista.
Petean acolhe na petição argumentos da defesa e afirma que o suposto pedido de votos já tinha sido divulgado, na véspera, pelo portal Metrópoles.
Segundo revela Fernando Molica, no texto, o promotor fala em “predileção” da organização criminosa por Boulos. Ele classificou o PCC de “autoridade criminosa” que, ressalta, tem “o controle velado de seus súditos”, “pressionados a votarem no candidato ao qual a ‘ORDEM’ determinou”.
Jornalistas denunciados
Em 2024, a Justiça não aceitou denúncia de Petean contra jornalistas: eles publicaram que, na campanha de 2022, a equipe de Tarcísio teria mandado cinegrafista apagar imagens de um tiroteio. O promotor arquivou investigação sobre o governador relacionada ao caso.
No documento que trata da ação de Boulos contra o governador de SP, o promotor afirma que a repórter que questionou Tarcísio já sabia da matéria publicada pelo “Metrópoles”. Como a coluna mostrou, porém, a reportagem não foi mencionada na pergunta, coube a Tarcísio citar o suposto apoio do PCC na capital.
Petean diz que ligação com PCC foi confirmada
A polícia de São Paulo não provou que os bilhetes apreendidos são do PCC. Em seu parecer, porém, Petean afirma que as informações “foram confirmadas quanto às ordens para votação no candidato (Boulos)”. Isto porque ele teve 72% dos votos nos presídios paulistanos.
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