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Dólar cai abaixo de R$ 6,15 após dois leilões do BC

BC realizou dois leilões da moeda americana na manhã desta quinta
19/12/2024 | 12h56

O dólar à vista apresentou uma queda, chegando a R$ 6,1442 (-1,94%), no final da manhã desta quinta-feira (19), após dois leilões da moeda americana realizados pelo Banco Central (BC).

Antes da queda, perto das 9h45, a moeda chegou a R$ 6,30 (alta de 0,55%). Às 11h07, o dólar à vista perdia 1,50%, a R$ 6,1725.

Leilões do BC

Na manhã desta quinta-feira (19), o Banco Central fez, inicialmente, uma oferta de US$ 3 bilhões em um leilão de dólares à vista anunciado na noite de ontem. Depois, foram ofertados US$ 5 bilhões no segundo leilão de dólares à vista. Dez propostas foram aceitas e o diferencial de corte em relação à taxa Ptax foi de -0,035000.

BC realizou dois leilões da moeda americana na manhã desta quinta

Com as operações desta quinta-feira, o BC já injetou US$ 20,760 bilhões no mercado de câmbio desde o último dia 12. Ao todo, US$ 13,760 bilhões foram injetados em leilões à vista, e o restante, em leilões de linha, com compromisso de recompra.

As reservas internacionais brasileiras somavam US$ 363 bilhões em novembro. Com os recentes leilões, a próxima atualização tende a mostrar o valor abaixo de US$ 350 bilhões, o menor montante desde novembro do ano passado (US$ 348,4 bilhões).

A cotação da moeda norte-americana já disparou 4,5% em dezembro. A alta fez o dólar saltar de R$ 6,0005 para R$ 6,2672 nos 18 primeiros dias do mês.

Eduardo Moreira: A turma da Faria Lima quer ser procurada pelo governo

No ICL Notícias — 2⁠ª Edição, Eduardo Moreira comentou o que aconteceu no mercado e analisou o cenário que levou o dólar a uma alta histórica.

“Quando o mercado aposta na piora, começa a especulação. Hoje, de 10 portais mais acessados na internet, seis pertencem a instituições financeiras. Não era assim há 20 anos. O mercado tinha influência sobre a mídia, mas não era dono da mídia. Hoje, o poder de especular se somou ao poder da narrativa, de criar a notícia que quiser. E se juntou ao poder explosivo das redes sociais, produzindo pânico”, observou.

“Ninguém faz chantagem para matar o refém. Faz chantagem para negociar”, afirmou Edu. “A turma da Faria Lima está esperando o telefone tocar, sabe que o governo agora está dizendo ‘ferrou’, sabe que se o dólar subir a R$ 6,50, a inflação vai subir, a população vai se voltar contra o governo. O governo perde popularidade. (..) Eles agora esperam o telefone tocar, com um sorrisinho na boca, e o governo dizer: ‘Tá bom, o que vocês querem? Preciso da sua ajuda’”.

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