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Economia

Índices futuros dos EUA operam no positivo; Bolsas europeias caem

No Brasil, os destaques desta segunda-feira (23) são o Boletim Focus no Banco Central e os dados do setor de construção
23/12/2024 | 08h10

Os índices futuros dos EUA operam no campo positivo, nesta manhã de segunda-feira (23), enquanto as bolsas da Europa estão majoritariamente em baixa. Na semana mais curta devido ao feriado de Natal, os agentes estão de olho no campo político, com a posse do presidente eleito, o republicano Donald Trump, se aproximando (20 de janeiro).

No sábado (21), o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou um projeto de lei que assegura o financiamento do governo, evitando uma paralisação. A medida garante recursos para as agências federais nos níveis atuais pelos próximos três meses.

Em dia mais fraco de indicadores, os analistas seguem repercutindo a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), divulgado na sexta-feira (20). O indicador registrou alta de apenas 0,1% em novembro na comparação mensal. Na base anual, houve avanço de 2,4%, abaixo da estimativa de 2,5% do mercado, mas ainda acima da meta de 2% estabelecida pelo Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano).

O índice PCE, considerado a medida preferida do Fed para monitorar a inflação, reflete a alta de preços de bens e serviços consumidos por famílias. A leitura mensal também ficou 0,1 ponto percentual abaixo das projeções.

Por tudo isso, a cautela deve prevalecer nesta semana mais curta (as bolsas norte-americanas finalizam os trabalhos nesta terça-feira, 24, às 15h).

No Brasil, na agenda de hoje os destaques são a divulgação do Boletim Focus do Banco Central, que traz a previsão de agentes para indicadores econômicos; os dados do setor de construção; nota à imprensa do setor externo e a balança comercial.

A Bolsa brasileira também terá a semana mais curta, permanecendo fechada nesta terça-feira e na quarta-feira. Os destaques ficarão para sexta-feira (27), dia em que sai a sondagem de serviços e do comércio e apresentação do IGP-M, pela FGV.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) traz o IPCA-15, com expectativa de crescimento de 0,45% na comparação mensal.

O IBGE apresenta também a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e serão conhecidos os dados da pesquisa do Caged, sobre geração de emprego formal.

Brasil

O dólar fechou a sexta-feira (20) com queda de 0,81% e encerrou a semana cotado a R$ 6,0719. Foi o segundo dia consecutivo de baixa da moeda norte-americana.

A ajuda veio de dois leilões de dólares do Banco Central, no total de US$ 7 bilhões, e das falas do presidente Lula (PT), prometendo que “jamais haverá interferência” na gestão de Gabriel Galípolo à frente do BC. O economista assume a presidência do BC em janeiro, no lugar de Roberto Campos Neto.

Já o Ibovespa fechou em alta pelo segundo dia seguido. O principal indicador da Bolsa brasileira encerrou o pregão do dia com avanço de 0,75%, aos 122.102 pontos, ganho de 914,24 pontos.

As declarações de Lula também afetaram os DIs (juros futuros), que fecharam em baixa por toda a curva e com apenas um vértice acima de 15%.

Europa

As bolsas europeias operam majoritariamente em baixa, com os agentes se preparando para uma semana mais curta devido ao feriado de Natal.

Das notícias da região, números revisados ​​do Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido nesta segunda-feira (23) mostram que a economia britânica não conseguiu crescer nos três meses até setembro. Os dados finais mostraram estabilidade (crescimento de 0%) do PIB (Produto Interno Bruto) no trimestre em relação ao trimestre anterior.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,09%
DAX (Alemanha): -0,03%
CAC 40 (França): -0,13%
FTSE MIB (Itália): -0,13%
STOXX 600: +0,13%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos sobem nesta segunda-feira. Porém, no acumulado de dezembro, o índice Dow Jones registrou queda de 4,6%, enquanto o S&P 500 recuou 1,7%. Já o Nasdaq Composite, focado em tecnologia, contrariou a tendência de baixa, apresentando uma alta de 1,8% no mês.

Dow Jones Futuro: +0,07%
S&P 500 Futuro: +0,28%
Nasdaq Futuro: +0,45%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com alta, exceto a Bolsa de Xangai, diante da expectativa pelo anúncio oficial relacionado à fusão das montadoras japonesas Honda e Nissan.

As empresas planejam concluir um acordo final em junho de 2025 e estão avaliando a possibilidade de criar uma nova holding até 2026, que seria liderada por um executivo da Honda, informou a NHK.

Segundo a Kyodo News, os presidentes da Honda, Nissan e Mitsubishi notificaram o Ministério da Indústria do Japão sobre o início de negociações para uma fusão. Uma coletiva de imprensa está prevista para ocorrer ainda nesta segunda-feira, conforme o relatório.

Shanghai SE (China), -0,50%
Nikkei (Japão): +1,19%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,82%
Kospi (Coreia do Sul): +1,57%
ASX 200 (Austrália): +1,67%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem após uma queda semanal, enquanto os investidores avaliavam a ameaça de Donald Trump de restabelecer o controle dos EUA sobre o Canal do Panamá.

Petróleo WTI, +0,65%, a US$ 69,91 o barril
Petróleo Brent, +0,55%, a US$ 73,34 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, será divulgado o Índice de Atividade Nacional (CFNAI).

Por aqui, no Brasil, o pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso representa apenas a “primeira leva” de medidas do ajuste fiscal do governo, disse na sexta-feira passada (20) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em café da manhã com jornalistas, ele afirmou que a revisão de despesas será permanente e que decidiu enviar as propostas agora, perto do fim do ano, para reduzir as incertezas em relação ao arcabouço fiscal.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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