Na última sexta-feira do mês, o Ibovespa encerrou este 27 de dezembro com queda de 0,63%, aos 120.269,31 pontos, uma perda de 808,19 pontos. Na semana mais curta devido ao feriado de Natal, o principal indicador da Bolsa brasileira acumula perda de 1,46% nos três pregões e, no mês, baixa de 4,25%.
No ano, a desvalorização da Bolsa brasileira já alcança 10,3%. Se o jogo não virar nos dias que restam no ano, será a pior performance em três anos. Ou seja, os agentes erraram mais uma previsão: a de que a Bolsa brasileira iria bombar este ano, a exemplo do que aconteceu em 2023. É bem provável que isso não aconteça.
Em dia de baixa liquidez geral, o fiscal continua no radar do mercado financeiro. Mas os dados da Pnad Contínua e indicadores inflacionários pesaram hoje também.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que, no trimestre móvel encerrado em novembro de 2024, a taxa de desemprego recuou para 6,1%, a menor em 12 anos. Também reportou os dados do IPCA-15, a prévia da inflação, mostrando que o indicador avançou 0,34% em dezembro, uma desaceleração frente a novembro. Porém, no ano, o índice acumula alta de 4,71%, ou seja, acima do teto da meta de 4,5% definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
Embora não seja a leitura oficial da inflação, o IPCA-15 mostra que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve estourar mesmo a meta pela terceira vez durante os quatro anos da gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, que termina em 31 de dezembro deste ano. Só no ano passado a meta foi cumprida. Isso significa que não adiantou manter a Selic nas alturas para tentar conter a inflação.
A leitura dos agentes para esse conjunto de dados é que um mercado de trabalho aquecido desemboca em pressão inflacionária lá na frente. Então, no próximo ano, é muito provável que o BC mantenha uma política monetária mais contracionista, como sinaliza, por exemplo, a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
Dólar
Após as divulgações dos dados de desemprego e inflação, o dólar até chegou a cair, mas voltou a subir no fim do dia e acabou encerrando a sexta-feira com alta de 0,24%, aos R$ 6,1926. Na semana mais curta pelo feriado de Natal, a moeda norte-americana acumula elevação de 2%.
Mercado externo
Em dia de agenda fraca lá fora, os principais indicadores de Nova York encerram o dia com baixa.
O Nasdaq caiu 1,52%; o SP500, -1,08%; e o Dow Jones, -0,75%.
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