Venho nos últimos anos me dedicando as pesquisas e ações sobre as experiências religiosas no Brasil. E posso dizer que, a meu ver, as expressões religiosas populares são os sustentáculos das religiosidades, das interações religiosas e dos encontros inter-religiosos.
Um dos bons exemplos para pensarmos sobre esses encontros e inteirações religiosas é a Folia de Reis, um dos maiores e tradicionais legado do catolicismo popular brasileiro.
Com rezas e canções embaladas por violões, sanfonas, fitas coloridas a Folia de Reis bate de porta em porta. Com reverência, cumprindo rituais e tradições que foram forjados pela cultura popular brasileira como um ato de resistência.
No Brasil, por influência da herança colonial, a festa chega com a presença portuguesa e rapidamente ganha feições e traços legitimamente brasileiros.
É importante pontuar que as festas religiosas populares mantêm viva a fé, as tradições e ritualidades dentro e, principalmente, fora dos espaços sagrados no Brasil.
A Folia de Reis, assim como outras festas populares, aviva as culturas e religiosidades que fazem parte da construção da identidade brasileira.
“Hoje é o dia de Santo Reis
Anda meio esquecido
Mas é o dia da festa
De Santo Reis
Hoje é o dia de Santo Reis
Anda meio esquisito
Mas é o dia da festa
De Santo Reis”.
(“A Festa do Santo Reis“, interpretado por Tim Maia, composição de Márcio Leonardo)
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