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Economia

Índices futuros operam em baixa com ‘payroll’ no radar; IPCA é destaque no Brasil

Expectativa da Reuters aponta para alta mensal do IPCA de 0,57% e de 4,9% no ano, ou seja, acima do teto da meta (4,5%)
10/01/2025 | 08h18

Os índices futuros dos Estados Unidos recuam, nesta manhã de sexta-feira (10), com a divulgação do relatório de folha de pagamentos de dezembro, o payroll, no radar dos agentes. Este é o primeiro termômetro do mercado de trabalho estadunidense e poderá ajudar a balizar as apostas sobre a decisão dos juros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que será realizada nos dias 28 e 29 de janeiro.

A expectativa é de desaceleração nas contratações, apesar da robustez do mercado de trabalho norte-americano. A mediana das estimativas aponta para a criação de 165 mil empregos à economia no mês passado, com taxa de desemprego estável em 4,2%.

Por aqui, vários assuntos no radar. Na esfera política, o presidente Lula (PT) se reúne hoje com ministros para discutir a decisão da Meta de encerrar a checagem de fatos nos EUA. Lula criticou a postura da empresa e defendeu que a comunicação digital seja responsabilizada por atos ilícitos, assim como a imprensa tradicional.

O presidente destacou ainda a importância de respeitar a soberania dos países e classificou a mudança como “grave”. A Meta substituiu a checagem por um sistema que depende de correções feitas pelos próprios usuários, gerando preocupações sobre desinformação.

Na agenda de indicadores, dia importante: o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga hoje o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro, essencial para avaliar a inflação e as expectativas para a política monetária em 2025.

Pesquisa da Reuters aponta alta mensal do IPCA de 0,57% (ante 0,39% em novembro), com aumento anual de 4,9%, acima do limite superior da meta de inflação estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 4,5%.

Brasil

Com as bolsas de Nova York fechadas, nesta quinta-feira (9), devido à homenagem ao ex-presidente Jimmy Carter, que faleceu em 29 de dezembro, os mercados mundiais tiveram baixa liquidez.

Ibovespa conseguiu inverter o sinal e fechar com leve alta de 0,12%, aos 119.769,05 pontos, um ganho de 124,70 pontos.

Sem novidades vindas de fora, os agentes acompanharam os acontecimentos por aqui.

Na seara dos indicadores, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou ontem que as vendas no varejo recuaram 0,4% em novembro na comparação com o mês anterior, quando tiveram variação positiva de 0,4%. Porém, o saldo é positivo em 5,0% no ano.

O dólar comercial, por sua vez, teve um movimento mais amplo, com baixa de 1,11%, a R$ 6,04.

Europa

As bolsas europeias operam mistas, com os investidores monitorando a turbulência causada nos mercados depois que os rendimentos dos títulos do governo britânico atingiram o mais alto nível desde 2008. O aumento reflete a avaliação dos investidores sobre as perspectivas fiscais do país, embora tenham recuado ligeiramente desde então.

A França e a Espanha divulgarão atualizações da produção industrial para novembro, enquanto a Itália publicará números de vendas no varejo.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,02%
DAX (Alemanha): +0,03%
CAC 40 (França): +0,10%
FTSE MIB (Itália): +0,22%
STOXX 600: -0,05%

Estados Unidos

Os índices futuros recuam hoje, um dia depois de os mercados terem permanecido fechados nos EUA em homenagem ao ex-presidente Jimmy Carter, que faleceu em 29 de dezembro. Todas as atenções de hoje estão voltadas para a divulgação do relatório de folha de pagamentos payroll.

Dow Jones Futuro: -0,03%
S&P 500 Futuro: -0,18%
Nasdaq Futuro: -0,34%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam no vermelho, com investidores avaliando os salários de novembro e os gastos das famílias no Japão, que caíram 0,4% em novembro, em comparação com o ano anterior. A baixa foi menor do que o declínio de 1,3% registrado em outubro.

A renda real média por família foi de 514.409 ienes (US$ 3.252,98) em novembro, representando um aumento de 0,7% em relação ao ano anterior.

Na China, o Banco Popular (PBOC) anunciou a suspensão temporária das compras de títulos do Tesouro devido à escassez no mercado e informou que retomará as aquisições conforme as condições de oferta e demanda no mercado de títulos.

Shanghai SE (China), -1,33%
Nikkei (Japão): -1,05%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,92%
Kospi (Coreia do Sul): -0,24%
ASX 200 (Austrália): -0,42%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem e caminham para terceira semana consecutiva de ganhos, com demanda por combustível no inverno.

Petróleo WTI, +1,04%, a US$ 74,69 o barril
Petróleo Brent, +1,05%, a US$ 77,73 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, será divulgado o payroll de (dezembro) e a confiança do consumidor de janeiro.

Por aqui, no Brasil, Gabriel Galípolo, que assumiu oficialmente a presidência do Banco Central (BC) há dez dias, deve apresentar hoje uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos que levaram a inflação a ultrapassar o teto da meta em 2024, segundo reportagem do jornal O Globo.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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