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(UOL/Folhapress) — A Prefeitura de Porto Velho informou que o transporte coletivo continua paralisado na cidade nesta quarta-feira (15). Uma série de ataques incendiários a ônibus fez com que o serviço fosse interrompido na tarde de terça-feira.
Decisão da prefeitura segue uma solicitação do Sitetuperon (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Estado de Rondônia). Sindicato afirmou que a medida é necessária para “garantir a segurança dos trabalhadores e usuários, uma vez que as ameaças de novas ações criminosas ainda são iminentes”.
Ao menos três veículos foram incendiados entre a segunda (13) e terça-feira (14) na capital de Rondônia.
Todos os ônibus em circulação em Porto Velho foram recolhidos no início da tarde de terça-feira (14).

(Foto: Reprodução Redes Sociais)
Força nacional deve chegar a Porto Velho na quinta-feira
Ministério da Justiça e Segurança Pública irá enviar agentes da Força Nacional para Porto Velho. Em nota, o ministério afirmou que a primeira parte do efetivo partirá nesta quarta-feira, com previsão de chegada na quinta-feira (16). A segunda parte deverá chegar à cidade na sexta-feira (17).
Tropas ficarão na capital de Rondônia pelo período inicial de 90 dias. Não foi divulgada a quantidade de agentes que serão deslocados.
Prefeito solicitou ajuda estadual
Prefeito de Porto Velho solicitou ajuda ao governo estadual nesta terça-feira. Em um ofício endereçado ao governador Marcos Rocha (União Brasil), Leonardo Moraes (Podemos) pediu que seja garantido o direito de ir, vir e permanecer do cidadão portovelhense.
Considerando a recente onda de ataques, com incêndios de alguns ônibus, realizado por facções criminosas, que causaram danos ao patrimônio utilizado para execução de serviços públicos essenciais, e que, em razão disso, o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Estado de Rondônia (Sitetuperon) determinou o recolhimento de toda a frota de ônibus para garantir a integridade física dos trabalhadores, afetando o serviço público de transporte coletivo, vimos, por intermédio do presente, solicitar, com urgência, a adoção de providências dos Órgãos de Segurança Pública para garantir um excepcional aumento do contingente de agentes e veículos para monitoramento das principais vias públicas e rotas do transporte coletivo Leonardo Moraes, prefeito de Porto Velho.
UOL entrou em contato com a Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia e aguarda um retorno.
Grupos criminosos estariam por trás dos ataques, segundo prefeito
De acordo com o prefeito de Porto Velho, os ataques teriam sido realizados por “facções criminosas”. Moraes atribui os ataques a uma reação dos criminosos após uma facção que atua na cidade virar alvo de uma grande operação.
Criminosos estariam reagindo a uma operação na zona leste de Porto Velho. De acordo com autoridades locais, a Polícia Militar deflagrou uma operação contra criminosos que estariam expulsando moradores de apartamentos populares cedidos pelo governo rondoniense para alugá-los.
A PM cercou um residencial popular com mais de 15 mil habitantes para identificar suspeitos. No fim de dezembro, a polícia montou bloqueios nos acessos ao residencial para identificar possíveis integrantes do grupo criminoso.
Segundo o balanço policial, a ação resultou em 70 apartamentos retomados e entregues à gestão estadual. Drogas e armas também teriam sido apreendidas durante a operação.
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