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Economia

Índices futuros caem após ata do Fed sinalizar preocupação com cenário nos EUA

Por aqui, é aguardada a divulgação do índice de confiança do consumidor de fevereiro
20/02/2025 | 08h25
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Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo, nesta manhã de quinta-feira (20), após a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) sugerir que as taxas de juros serão mantidas na próxima reunião, que acontecerá em março, devido a preocupações com as políticas anti-imigração e tarifárias do presidente Donald Trump.

Divulgada na véspera (19), a ata do Fed aponta que as empresas já planejam aumentar os preços para repassar o custo das tarifas de importação aos consumidores. A consequência disso são que, segundo o Fed, o processo de desinflação fica mais difícil.

Na Ásia, os mercados também fecharam no vermelho diante das preocupações com possíveis novas tarifas propostas por Trump sobre automóveis, chips e importações farmacêuticas.

Trump, que disse que as taxas poderiam ser implementadas já em 2 de abril, não especificou se elas serão direcionadas às importações de determinados países ou se serão generalizadas.

Em mais um dia de agenda esvaziada, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, por lá são aguardados os dados semanais dos pedidos de auxílio-desemprego.

Por aqui, é aguardada a divulgação do índice de confiança do consumidor de fevereiro, que será importante para avaliar as expectativas da população em relação à economia.

Na esfera política, o presidente Lula (PT) concederá entrevista para a Rádio Tupi FM.

Brasil

Ibovespa fechou na contramão do exterior, na quarta-feira (19), com queda de 0,95%, aos 127.308,80 pontos, perda de 1.222,91 pontos. Segundo analistas, o principal indicador da Bolsa brasileira corrigiu a rota na véspera após dias de alta.

No âmbito corporativo, a Vale (VALE3) caiu 0,09%, depois de operar perdas em torno de 1%, antes de ter divulgado seu balanço do quarto trimestre depois do fechamento do mercado financeiro. Os bancos também fecharam o dia com perdas entre 1% e 2%. Já a Petrobras (PETR4) oscilou e terminou com alta de 0,21%, acompanhando os ganhos do petróleo no mercado externo.

Em dia de agenda esvaziada por aqui, as notícias de fora ficaram no radar. Na noite de terça-feira (18), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou novas possíveis tarifas de 25% sobre automóveis, remédios e chips importados. No entanto, o republicano está focado nas negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.

O dólar à vista fechou com alta de 0,65%, aos R$ 5,7258, após ter registrado na terça-feira a menor cotação de encerramento no ano, de R$ 5,6887.

Europa

As bolsas europeias operam majoritariamente em alta, impulsionadas por dados corporativos. Accor, Renault, Mercedes-Benz e Airbus divulgam seus resultados nesta quinta.

Contudo, as negociações em torno de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia continuam no centro das preocupações das lideranças da região, principalmente depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, que vem liderando as negociações com a Rússia, chamou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de ” ditador “, para incitá-lo a aceitar um acordo, ainda que tenha sido excluído da mesa de negociação.

Ao mesmo tempo, lideranças europeias estudam formas de reagir ao tarifaço de Trump sobre produtos importados da região.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,32%
DAX (Alemanha): +0,29%
CAC 40 (França): +0,44%
FTSE MIB (Itália): +0,24%
STOXX 600: +0,14%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA caem nesta manhã, enquanto os investidores digerem o tom mais duro da ata do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), que demonstra preocupação com as políticas anti-imigração e tarifária de Donald Trump, e seus impactos inflacionários.

Além disso, os agentes aguardam mais resultados corporativos, com Walmart e Alibaba programados para divulgar seus lucros antes da abertura do mercado.

Dow Jones Futuro: -0,21%
S&P 500 Futuro: -0,25%
Nasdaq Futuro: -0,31%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com queda generalizada hoje, com os investidores repercutindo as tarifas propostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre automóveis, chips e importações farmacêuticas. Também digerem a ata do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), com sinais de que as taxas de juros devem ser mantidas em patamares elevados por mais tempo.

Shanghai SE (China), -0,02%
Nikkei (Japão): -1,24%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,60%
Kospi (Coreia do Sul): -0,65%
ASX 200 (Austrália): -1,15%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em queda, já que um relatório do setor sinalizou outro aumento nos estoques de petróleo bruto dos EUA, enquanto a incerteza sobre os suprimentos globais persistia.

Petróleo WTI, -0,10%, a US$ 72,18 o barril
Petróleo Brent, -0,21%, a US$ 75,88 o barril

Agenda

Nos EUA, saem os dados do auxílio-desemprego semanal.

Por aqui, no Brasil, o Banco Central do Brasil está em negociações para avançar com a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 65, que concede autonomia financeira, administrativa e orçamentária à instituição. A expectativa é de que o texto seja aprovado este ano. O relator da PEC, senador Plínio Valério, acredita que não há motivos para adiar a votação.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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