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Durante a entrevista exclusiva ao ICL Notícias 1ª edição, desta manhã de sexta-feira (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou o novo modelo de crédito consignado que está sendo desenhado pelo governo, que deve passar a valer em meados de março.
A ideia é permitir que os bancos tenham acesso às informações do e-Social para facilitar a concessão de crédito consignado para trabalhadores do setor privado.
De acordo com Haddad, isso permitirá que os juros pagos pelo trabalhador no crédito caiam ao menos pela metade.
Haddad diz que juros do consignado devem cair pela metade
“A população hoje está endividada por causa dos juros. Quem pega empréstimo paga 5,5% ao mês. Daremos 90 dias para a pessoa trocar empréstimo de 5,5% por um que ofereça a metade. As pessoas terão 90 dias para migrar, porque agora tem garantia [do e-Social]. Independentemente da Selic [ taxa básica de juros, atualmente em 13,25% ao ano], vai estar fazendo uma coisa em benefício da família brasileira”, disse.
Na avaliação de Haddad, hoje o endividamento das famílias está atrelado à taxa de juros paga nos empréstimos. “Às vezes, o trabalhador nem sabe quanto está pagando de juro. Ele toma o empréstimo que precisa. O consignado no e-Social vai permitir juros muito menores no empréstimo, não importa onde esse trabalhador esteja empregado”.
Mais crédito na praça pode alavancar o PIB, segundo Haddad. “Estamos fazendo algo estrutural para o futuro do Brasil”, concluiu o ministro.
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