E aí, 2024?

E aí 2024, tudo pronto ou tá no rascunho ainda? Sei que você não vai querer me adiantar muita coisa, mas de 1 a 10, como será seu humor, hein?

Tem um meme de fim de ano que diz que quando 2022 terminou, a gente assinou sem ler os termos e condições de 2023. Não sei vocês, mas eu, ainda que pudesse saber antecipadamente como será 2024, pensando bem, prefiro não.

Tenho uma grande amiga que vive dizendo, “Vivian, não é porque você não está vendo, que não está acontecendo!”. Isso serve pra tudo, a ansiedade diante de um novo amor, uma oportunidade ou projeto. A gente vive querendo antecipar o futuro, descobrir o resultado, garantir o sucesso! Nessa ânsia o processo se perde ou passa desapercebido. Outras vezes paralisamos e não conseguimos seguir.

“Aquele que tem um porquê para viver pode enfrentar quase todos os comos”, diz Nietzsche. Ele fala aqui sobre o sentido da vida (já aproveito a deixa para indicar um dos meus livros favoritos – Em Busca de sentido, de Viktor Frankl).

2023 foi um desafio em muitos aspectos. Comecei o ano aliviada com a vitória do presidente do Lula, mas durou pouco. Depois do 8 de janeiro e da invasão das sedes dos três poderes em Brasília, ficou evidente que precisamos nos manter vigilantes enquanto sociedade, mas não só. O ano foi seguindo e o legado deixado por Bolsonaro, saindo dos bueiros. O ex-presidente está inelegível, mas o extremismo não enfraqueceu. Há muita luta e reconstrução pela frente e as vezes a gente cansa.

Estamos exaustas! Falei disso num dos meus textos da coluna e, sem falsas ilusões, seguiremos exaustas mais um tanto em 2024. De acordo com uma pesquisa do Institute For Health Metrics and Evaluation, de 2019, 7 em cada 10 pessoas no mundo diagnosticadas com depressão e ansiedade eram mulheres. E a ansiedade é o transtorno mais comum no Brasil, faz parte do dia a dia de 6 em cada 10 brasileiras, segundo um estudo do Laboratório Think Olga (www.thinkolga.com). Notem que comecei a coluna já querendo saber de 2024 o que vem por aí!

Mas sério, pela minha sanidade mental – que em 2023 foi colocada a prova em muitos momentos -, estou aqui num exercício de controle de ansiedade apenas esperando que esse novo ciclo se inicie. Não fiz listas, resoluções, ou promessas, aliás, só decidi hoje onde vou passar a noite do dia 31. Assinando ou não os termos e condições de 2024, eu vou entrar nesse ano com meu pé esquerdo na frente e pronta pra caminhada! Bora?

E pra você que me acompanha por aqui, eu agora vou descansar, volto na semana do dia 20 de janeiro, combinado? Até lá e feliz 2024!