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Os mercados globais operam mistos, nesta manhã de terça-feira (25), com os agentes repercutindo novas investidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra parceiros comerciais. Na segunda-feira (24), ele anunciou que as tarifas sobre o Canadá e o México serão implementadas assim que o período de atraso de um mês terminar na semana que vem.
As tarifas sobre produtos importados de México e Canadá foram suspensas por um prazo de 30 dias depois que os países negociaram contrapartidas exigidas por Trump, como aumentar a segurança das fronteiras a fim de evitar tráfico de drogas e migração irregular.
Trump também assinou um memorando que impõe restrições mais severas a investimentos chineses em setores estratégicos, como tecnologia e infraestrutura crítica. O objetivo da norma é promover o investimento estrangeiro ao mesmo tempo que protege os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos, “especialmente contra as ameaças representadas por adversários estrangeiros”, como a China, segundo comunicado da Casa Branca emitido na sexta-feira (21).
Além disso, os agentes acompanham os desdobramentos das negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, principalmente depois que Trump retirou a condenação dos EUA à invasão russa em 2022 nas Nações Unidas e entre os países do G7.
No Brasil, o principal dado da agenda econômica de hoje é a divulgação do IPCA-15 de fevereiro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na frente corporativa, a temporada de balanços segue com a divulgação de resultados de Marcopolo (POMO4), CBA (CBAV3), IRB (IRBR3), RD Saúde (RADL3), Vivo (VIVT3) e Rede D’Or (RDOR3) nesta terça.
Brasil
O Ibovespa fechou a segunda-feira (24) com queda forte de 1,37%, aos 125.401,38 pontos, uma perda de mais de 1,7 mil pontos.
A queda do Ibovespa foi puxada por Vale (VALE3), que perdeu 0,91%, e a Petrobras (PETR4), cuja baixa foi de 0,70%, mesmo com alta do petróleo internacional e com Campo de Búzios tendo recorde de produção.
Outros pesos-pesados do indicador, os bancos também recuaram forte. O Bradesco (BBDC4) perdeu 1,77%. Só o Santander (SANB11) subiu (+0,57%). A B3 (B3SA3) despencou 3,39%, ajudando a puxar o Ibovespa para baixo.
O dólar comercial fechou o dia com alta de 0,43%, a R$ 5,755.
Europa
As bolsas europeias operam de forma mista, com os investidores à espera do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre da Alemanha, que será divulgado hoje.
Também são aguardadas as divulgações de lucros corporativos da Fresenius Medical Care, Smith & Nephew, Heidelberg Materials e Alcon.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,10%
DAX (Alemanha): -0,18%
CAC 40 (França): -0,08%
FTSE MIB (Itália): +0,11%
STOXX 600: +0,10%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York operam sem direção única, com os investidores aguardando os dados da confiança do consumidor dos EUA e mais falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense). Enquanto isso, monitoram as ações do presidente dos EUA, Donald Trump.
Dow Jones Futuro: +0,06%
S&P 500 Futuro: -0,04%
Nasdaq Futuro: -0,23%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em baixa após a queda de Wall Street durante a noite. Por lá, os agentes monitoram as ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, contra a China.
Das notícias da região, o Banco Central da Coreia do Sul cortou as taxas de 3% para 2,75%, conforme se esforça para estimular sua economia em desaceleração.
Shanghai SE (China), -0,80%
Nikkei (Japão): -1,39%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,32%
Kospi (Coreia do Sul): -0,57%
ASX 200 (Austrália): -0,68%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem com sanções dos EUA ao Irã aumentando as preocupações com o fornecimento.
Petróleo WTI, +0,50%, a US$ 71,05 o barril
Petróleo Brent, +0,40%, a US$ 75,07 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, será divulgada a confiança do consumidor de fevereiro. Também são aguardadas falas de membros do Federal Reserve.
Por aqui, no Brasil, o governo Lula (PT) está finalizando um projeto de lei para modernizar a legislação de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs), buscando mais segurança jurídica para contratos e incentivando investimentos em infraestrutura. As PPPs são modelos de colaboração entre o setor público e a iniciativa privada para a realização de projetos de interesse público, nos quais empresas privadas financiam, constroem e operam serviços ou obras em troca de remuneração pelo governo ou pela cobrança de tarifas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa partiu do Congresso e pode ser aprovada ainda no primeiro semestre.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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