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Os mercados mundiais operam no campo positivo, nesta manhã de quarta-feira (26), com os agentes à espera da divulgação do balanço da Nvidia, gigante de inteligência artificial (IA).
Na véspera, o S&P 500 registrou seu quarto dia consecutivo de perdas. Isso porque os investidores têm reavaliado as gigantes da tecnologia dos Estados Unidos desde que a startup chinesa DeepSeek abalou o setor com uma IA eficiente, mas com baixo custo.
Os agentes também permanecem de olho nos possíveis impactos dos recentes anúncios do presidente dos EUA, Donald Trump, que pretende restringir as exportações de semicondutores para a China. Trump já assinou um memorando restringindo o investimento chinês nos EUA em áreas estratégicas.
Na Europa, os mercados avançam acompanhando as divulgações de resultados corporativos de gigantes como Adecco Group, AB InBev, E.On, Danone, Munich Re, Uniper e Stellantis.
No Brasil, os destaques da agenda econômica hoje são os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de janeiro. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, antecipou que o saldo de empregos formais ultrapassará 100 mil postos no mês.
Além do Caged, saem os dados da confiança da indústria de fevereiro e o Relatório Mensal da Dívida Pública relativo ao mês de janeiro de 2025.
Na seara corporativa, Petrobras, Braskem, C&A, Cosan, CPFL Energia, Kepler Weber, Marfrig, Qualicorp e Ultrapar divulgam seus resultados trimestrais após o fechamento do mercado financeiro.
Brasil
O Ibovespa voltou a fechar no azul na terça-feira (25), com avanço de 0,46%, aos 125.979,50 pontos, um ganho de 578,12 pontos.
A principal notícia do dia foi a divulgação do IPCA-15, a prévia da inflação oficial, que veio mais forte, embora abaixo do que esperavam os analistas (+1,35%).
O indicador subiu 1,23% em fevereiro, indicando uma aceleração em relação à alta de 0,11% apurada em janeiro. As maiores influências vieram dos grupos Habitação (leia-se, energia elétrica), que registrou alta de 4,34% e impacto de 0,63 ponto percentual (p.p) no índice geral, e Educação (4,78% e 0,29 p.p.). Esta é a maior alta do IPCA-15 desde abril de 2022 (1,73%) e a maior para um mês de fevereiro desde 2016 (1,42%).
O dólar à vista hoje fechou em leve baixa de 0,04%, a R$ 5,7525.
Europa
As bolsas europeias operam no campo positivo, com os agentes repercutindo uma série de dados corporativos. A fabricante da Budweiser, AB InBev, liderou os ganhos no Stoxx 600 nas primeiras negociações, com suas ações subindo mais de 7% após a empresa reportar vendas acima das expectativas no quarto trimestre.
Enquanto isso, os agentes também aguardam os desdobramentos do acordo entre Ucrânia e Estados Unidos para desenvolver conjuntamente seus recursos naturais. O movimento pode ajudar a reduzir as recentes tensões com Trump e fortalecer a meta de seu governo de alcançar um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,40%
DAX (Alemanha): +0,69%
CAC 40 (França): +0,42%
FTSE MIB (Itália): +0,54%
STOXX 600: +0,36%
Estados Unidos
Os índices futuros estão em trajetória positiva nesta manhã de quarta-feira, com os agentes à espera do dados da Nvidia e mais falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense).
Dow Jones Futuro: +0,16%
S&P 500 Futuro: +0,35%
Nasdaq Futuro: +0,61%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam de forma mista, com destaque para forte alta das ações de Hong Kong, que foram impulsionadas pelo otimismo de que os avanços tecnológicos da China podem ajudar a reanimar a economia lenta.
Shanghai SE (China), +1,02%
Nikkei (Japão): -0,25%
Hang Seng Index (Hong Kong): +3,27%
Kospi (Coreia do Sul): +0,41%
ASX 200 (Austrália): -0,14%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem após o relatório de estoques dos EUA ajudar a compensar as preocupações com o aumento da oferta.
Petróleo WTI, +0,38%, a US$ 69,19 o barril
Petróleo Brent, +0,41%, a US$ 73,30 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, são aguardados dados de novas moradias e mais falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense).
Por aqui, no Brasil, pesquisa CNT revela que 68,9% dos brasileiros percebem alta de preços acima da inflação, enquanto 41% culpam o governo federal e o presidente Lula pela elevação. O café foi apontado como o item com maior aumento (72,4%), seguido por carne (55,4%) e grãos (40,9%). Além disso, 53% dizem que raramente conseguem substituir produtos caros por opções mais baratas, e 57,9% admitiram ter reduzido ou eliminado itens do consumo devido ao preço.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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