O indicador de desemprego trimestral até novembro caiu a 7,5% este ano, segundo informação divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o menor nível para o período desde 2014, quando a taxa registrada foi de 6,6% no trimestre.
A Folha de São Paulo publicou que o resultado coincide com o que o mercado financeiro esperava. As projeções de analistas consultados pela agência Bloomberg cravavam que a taxa seria de 7,5%. No trimestre fechado em agosto, o desemprego estava em 7,8%.
O número significa que a população desempregada no Brasil era de 8,2 milhões de pessoas até novembro. No período imediatamente anterior, eram 8,4 milhões. Pela perspectiva dos dados oficiais, são considerados desempregados os cidadãos de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e procuram uma ocupação.
Não fazem parte do grupo as pessoas que não têm ocupação e não estão procurando trabalho.
Recorde de população ocupada
No trimestre, houve crescimento de 0,9% na população ocupada, que chegou ao recorde de 100,5 milhões de pessoas, maior número da série histórica iniciada em 2012. No ano, o aumento foi de 0,8%, com mais 815 mil pessoas ocupadas.
Em números absolutos, o país atingiu menor contingente de desocupados desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015 (8,1 milhões). Se comparado ao trimeste passado, o país tem 539 mil pessoas a menos no contingente de desocupados, o que representa um recuo de 6,2%.
O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar atingiu 57,4%, em uma alta de 0,4 p.p. no trimestre. A soma de ocupados e desocupados, considerado o número de pessoas dentro da força de trabalho, teve alta de 0,6% no trimestre, estimado em 108,7 milhões. A população fora da força totalizou 66,5 milhões, com estabilidade no período.
Trabalho formal e informal em alta
O IBGE revela também um aumento anto do trabalho formal quanto informal. O número de trabalhadores com carteira assinada no país aumentou 1,4% no trimestre, chegando a 37,7 milhões de trabalhadores. O número é o segundo maior patamar da série histórica para a carteira assinada, sendo superado apenas pelo registrado no trimestre encerrado em junho de 2014, quando eram 37,8 milhões de pessoas.
Já os trabalhadores na informalidade somaram 13,4 milhões no trimestre, no maior contingente da série histórica. A taxa de informalidade oscilou de 39,1% para 39,2% entre os trimestres, o que mostra, segundo o site G1, que o grupo têm movimentações mais discretas com a retomada do mercado de trabalho.
País gerou mais de 130 mil novas vagas de trabalho em novembro
O dados da IBGE vão na mesma linha dos divulgados pelo Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, na última quinta-feira (28). Segundo os dados, o Brasil teve um saldo positivo de 130.097 postos de trabalho com carteira assinada no mês de novembro. Foram 1.866.752 admissões e 1.736.655 demissões.
No acumulado de janeiro a novembro, foram gerados no país 1.914.467 postos de trabalho. Os estados com maior saldo no acumulado de 2023 foram São Paulo (mais 551.172 empregos, com crescimento de 4,2%), Minas Gerais (saldo de 187.866) e Rio de Janeiro (mais 165.701).
Até agora, no ano, o maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, com saldo de 1.067.218 postos formais de trabalho (o que representou 59,8% do resultado).
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