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África do Sul denuncia Israel à Corte Internacional de Justiça por genocídio

País africano alega violação de convenção de 1948. Governo israelense repudia 'difamação'
30/12/2023 | 05h43

A África do Sul apresentou hoje, à Corte Internacional de Justiça (CIJ), denúncia em que acusa Israel de violar a Convenção de Genocídio de 1948 em sua repressão contra o Hamas na Faixa de Gaza.

O país africano alega que as ações de Israel têm “caráter genocida”, com a “intenção específica de destruir os palestinos de Gaza” e que o governo israelense “tem falhado em processar o incitamento direto e público ao genocídio”.

A África do Sul pediu ao tribunal que emitisse medidas cautelares, ou de curto prazo, ordenando ao governo de Israel que acabe com a campanha militar em Gaza. Objetivo é que tais decisões seriam “necessárias, neste caso, para proteger contra danos futuros, graves e irreparáveis ​​aos direitos do povo palestino”.

Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, rejeitou o recurso. “Israel repudia com desgosto a difamação (…) da África do Sul e seu recurso junto à Corte Internacional de Justiça”.

Há décadas, a África do Sul apoia a causa palestina de criação de um Estado nos territórios ocupados por Israel. O país africano compara a situação dos palestinos à época repressiva do apartheid.

O conflito entre Israel e Hamas foi desencadeado após ataque do grupo palestino em 7 de outubro. Desde então, mais  de 21 mil pessoas foram mortas em Gaza, principalmente crianças e mulheres, e mais de 1,4 mil israelenses perderam a vida.

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