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Os índices futuros dos Estados Unidos começam a quinta-feira (6) em trajetória negativa, após os avanços da véspera do Dow Jones (+1,14%), S&P 500 (+1,12%) e Nasdaq Composite (+1,46%). Porém, apesar dos ganhos, os três indicadores acumulam baixa de mais de 1% nesta que foi uma semana bastante movimentada no mercado externo.
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou adiamento em um mês para a entrada em vigor das tarifas sobre montadoras, cujos carros atendam aos critérios do Acordo Estados Unidos-México-Canadá.
O recuo do governo estadunidense elevou a esperança de que Trump possa conceder mais isenções, impulsionando os principais índices acionários.
Na Europa, enquanto acompanham os desdobramentos da guerra comercial empreendida por Trump, os traders aguardam a decisão dos juros pelo BCE (Banco Central Europeu), que deve cortar a taxa em 25 pontos-base, para 2,5% ao ano.
Enquanto isso, os agentes acompanham as divulgações de dados da balança comercial de janeiro dos EUA, além dos números de auxílio-desemprego e exportações de grãos semanais.
Por aqui, após a volta do feriado prolongado de Carnaval, será divulgado o Antecedente de Emprego de fevereiro e o fluxo cambial semanal.
Brasil
Em um dia de pregão mais enxuto, com a volta do feriado de Carnaval, o Ibovespa subiu 0,20%, nesta Quarta-Feira de Cinzas (5), aos 123.046,85 pontos, ganho de 247,76 pontos.
O dia foi pautado pelo cenário externo. No feriado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a entrada em vigor das tarifas de 25% sobre produtos importados de México e Canadá e dobrou de 10% para 20% as sobretaxas a produtos da China. Houve revide do governo chinês ao tarifaço de Trump.
Mais tarde, na quarta, Trump anunciou que vai isentar as importações de automóveis do Canadá e do México por um mês. A isenção abre uma exceção na taxação de 25% imposta por Washington aos dois países e que passou a valer na última terça-feira.
Já o dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,7560, uma queda de 2,71%.
Europa
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta, nesta quinta-feira, com os investidores à espera da decisão de política monetária do BCE (Banco Central Europeu), que deve cortar a taxa de juros em 25 pontos-base, para 2,5% ao ano.
O destaque da região é o DAX, da Alemanha, que avançou 3,4%, registrando seu melhor desempenho diário desde novembro de 2022, com os investidores otimistas devido à expectativa de crescimento mais robusto da economia e um aumento expressivo nos investimentos em infraestrutura e defesa.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,41%
DAX (Alemanha): +1,21%
CAC 40 (França): +0,39%
FTSE MIB (Itália): +0,71%
STOXX 600: +0,24%
Estados Unidos
Os índices futuros operam no negativo hoje, com os traders aguardando indicadores econômicos e resultados corporativos, enquanto acompanham os desdobramentos do tarifaço de Donald Trump contra parceiros comerciais.
Na agenda de hoje, também estão previstas falas do governador do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), Christopher Waller, em um evento do WSJ em Nova York; e do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, falará no The Economic Club de Nova York.
Dow Jones Futuro: -0,47%
S&P 500 Futuro: -0,57%
Nasdaq Futuro: -0,56%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam com alta em sua maioria. O Hang Seng saltou 3,29%, refletindo as expectativas elevadas dos investidores por medidas mais favoráveis ao crescimento econômico chinês, anunciadas pelo presidente Xi Jinping.
Shanghai SE (China), +1,17%
Nikkei (Japão): +0,77%
Hang Seng Index (Hong Kong): +3,29%
Kospi (Coreia do Sul): +0,70%
ASX 200 (Austrália): -0,57%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem após caírem nas últimas quatro sessões, já que as tarifas dos EUA sobre o fornecimento de petróleo bruto canadense podem ser aliviadas. Porém, os investidores continuam cautelosos com as tarifas restantes sobre o México e com os planos dos principais produtores de aumentar a produção.
Petróleo WTI, +0,29%, a US$ 66,50 o barril
Petróleo Brent, +0,22%, a US$ 69,45 o barril
Agenda
Nos EUA, saem os dados da balança comercial de janeiro e do auxílio-desemprego semanal.
Na Europa, são aguardados dados das vendas do varejo da União Europeia e decisão sobre os juros pelo BCE (Banco Central Europeu).
Por aqui, no Brasil, o real teve o melhor desempenho entre 32 moedas globais na quarta-feira (5), com o dólar caindo 2,72%, a R$ 5,755. Após dois dias de pausa devido ao Carnaval, o mercado brasileiro reagiu positivamente, revertendo o mau humor da semana anterior. No final de fevereiro, o dólar havia subido 1,5%, acumulando alta de 3,25% na semana. Hoje, o foco dos investidores estava nas tarifas sobre importações dos EUA, com a Casa Branca adiando por um mês as tarifas sobre carros do México e Canadá.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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