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Os índices futuros dos Estados Unidos sobem nesta terça-feira (11), após o tombo da véspera com o receio dos investidores sobre uma possível recessão no país.
O sentimento do mercado vem se deteriorando à medida que cresce a guerra comercial empreendida pelo presidente Donald Trump. Os agentes estão preocupados com o impacto de uma guerra tarifária, cortes de gastos e a reconfiguração de relações geopolíticas de longa data sobre o crescimento econômico dos EUA.
Na agenda econômica de hoje, os investidores aguardam a divulgação do relatório sobre vagas de emprego Jolts. Amanhã (12), sai a leitura de fevereiro do índice de preços ao consumidor e, na quinta-feira (13), os dados do índice de preços ao produtor.
Por aqui, será divulgado o índice de produção industrial referente a janeiro, fornecendo uma visão sobre o desempenho do setor manufatureiro.
Brasil
Poderia ter sido pior, mas não foi. Ao menos no Brasil. A segunda-feira (10) foi turbulenta no mercado externo, receoso com a ameaça de recessão econômica nos Estados Unidos, como consequência da guerra comercial capitaneada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, sentiu o baque, mas mais de leve. O índice fechou com queda de 0,41%, aos 124.519,38 pontos.
Desde que tomou posse, em 20 de janeiro, Trump tem apertado o torniquete e, desde a semana passada, os mercados começaram a se ressentir disso com mais clareza. Ontem, o Nasdaq, das ações de tecnologia, tombou 4%. É muito coisa, para dizer o mínimo.
Como a Bolsa brasileira conseguiu se segurar? Na prática, a B3 virou xepa. Com o enfraquecimento da imagem dos EUA como esse refúgio para o capital de risco, investidores começaram a buscar outros mercados. Entre os mercados emergentes, o Brasil começa a brilhar, até porque o México virou um dos principais reféns do tarifaço de Trump.
Já o dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,8521, com avanço de 1,07%.
Europa
As bolsas europeias operam mistas, repercutindo o tombo das bolsas de Nova York da véspera e o crescente receio de uma possível recessão da economia norte-americana.
Das notícias da região, a Volkswagen reportou queda de 15% no lucro operacional anual, atribuindo o recuo ao aumento dos custos e a “despesas extraordinárias” relacionadas aos seus planos de reestruturação. Apesar disso, as ações da montadora subiam cerca de 2,5% nos primeiros negócios.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,01%
DAX (Alemanha): +0,64%
CAC 40 (França): +0,68%
FTSE MIB (Itália): +0,18%
STOXX 600: +0,02%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York sobem hoje, após o S&P 500 ter recuado 2,7%, chegando a atingir seu menor nível desde setembro em determinado momento do pregão. O Nasdaq Composite, focado em tecnologia, registrou a maior queda, despencando 4% na pior sessão desde setembro de 2022. Já o Dow Jones perdeu 2,08%, encerrando o dia em 41.911,71 pontos.
Dow Jones Futuro: +0,32%
S&P 500 Futuro: +0,36%
Nasdaq Futuro: +0,52%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam com baixa generalizada, acompanhando o movimento negativo de Wall Street, em meio a preocupações com a política tarifária dos EUA e o risco de recessão na maior economia do mundo.
No Japão, o Nikkei 225 recuou 0,64%, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre do país foi revisado para +2,2% em termos anualizados, abaixo da estimativa anterior de 2,8% e das expectativas dos economistas.
Shanghai SE (China), +0,42%
Nikkei (Japão): -0,64%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,01%
Kospi (Coreia do Sul): -1,28%
ASX 200 (Austrália): -0,91%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem após queda da véspera, com temores de que as tarifas dos EUA sobre o Canadá, México e China desacelerariam as economias ao redor do mundo e prejudicariam a demanda por energia.
Petróleo WTI, +0,27%, a US$ 66,21 o barril
Petróleo Brent, +0,36%, a US$ 69,52 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, será divulgado o relatório Jolts de janeiro.
Por aqui, no Brasil, a Receita Federal realiza nesta quarta-feira, 12 de março, a coletiva de imprensa para anunciar as novas regras do Imposto de Renda 2025. A coletiva começará às 15h, no auditório do Ministério da Fazenda.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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