O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, a partir de informações de secretarias de Segurança Pública e polícias – identificou que 208 brasileiros são vítimas de golpes virtuais a cada hora.
Proteger-se contra os golpes demanda atenção constante. Os usuários devem estar vigilantes, evitando compartilhar informações pessoais e sempre verificando a autenticidade de contatos e propostas recebidas.
Confira abaixo 21 esquemas de fraude bancária e orientações sobre como evitar cair nas armadilhas digitais:
- Golpe do produto ou loja falsa: Cibercriminosos criam perfis falsos em redes sociais, anunciam produtos, recebem Pix e não entregam mercadorias.
- Golpe da compra em loja com rede social hackeada: Utilizam contas de estabelecimentos reais, clonando ou hackeando perfis em redes sociais.
- Golpe do parente pedindo dinheiro: Clonagem de WhatsApp para solicitar dinheiro a familiares com histórias urgentes.
- Golpe de oportunidade de investimento: Prometem retornos financeiros irreais e pedem transferências via Pix sem efetuar os ganhos.
- Golpe da central de atendimento: Falsos funcionários bancários pedem transferências para liberar serviços.
- Golpe do comprovante falso: A vítima é quem recebe Pix. O golpista compra algo e envia comprovante falso ao vendedor. Funciona quando a vítima não acessa de imediato a conta bancária.
- Golpe da Anatel: Fingem ser funcionários da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para induzir troca de operadora após problemas de internet. Suspeita-se do golpe ser realizado pelos próprios funcionários das operadoras alvo de reclamações de conexão, com intuito de fazer com que o consumidor troque de operadora.
- Golpe do GoPix: Golpe online durante pagamento via QR Code, desviando dinheiro para os golpistas. O esquema de fraude acontece no momento do pagamento. Em vez de direcionar o dinheiro para a conta da empresa legítima que oferece o produto, ele acaba nas mãos dos golpistas. Essa tática, identificada pela Kaspersky, renomada empresa de segurança cibernética, concentra-se principalmente em compras online realizadas por meio de computadores, não abrangendo transações entre pessoas. O processo se desencadeia quando o computador é infectado ao clicar em um link malicioso. Os cibercriminosos exploram um endereço falso do WhatsApp Web para persuadir a vítima a clicar, induzindo a instalação de um arquivo que, ao contrário do que aparenta, não é o aplicativo, mas sim um vírus prejudicial.
- Golpe do falso navegador: Cibercriminosos injetam código em sites confiáveis, levando a vítima a baixar malware em vez de atualizações. A vítima recebe notificação do site falso orientando atualizações de navegadores, algo que é comum nos navegadores Google, Firefox e Edge.
- Golpe do CPF: Utiliza vazamento de dados para ligar ou enviar SMS, solicitando confirmação de dados bancários. Na mensagem recebida os criminosos informam que a transação não foi realizada e retornam o contato usando a estratégia de orientação para cancelamento do cartão de crédito através de confirmação dos dados da conta.
- Golpe do deepfake: A inteligência artificial é agora ferramenta dos cibercriminosos, que hackeiam contas comerciais, enviam mensagens privadas a seguidores, solicitando vídeos de agradecimento. Ao manipular esses vídeos com deepfakes, os golpistas promovem fraudes financeiras nas redes sociais das vítimas.
- Golpe do falso emprego: Aproveitando a busca por renda extra, os criminosos oferecem oportunidades via WhatsApp, alegando vendas de produtos afiliados na Amazon. Ao fornecerem créditos via Pix, os golpistas levam as vítimas a realizar vendas fictícias, resultando em prejuízos ao perceberem a inexistência da plataforma.
- Golpe do chip: Clonando chips de celular, os golpistas obtêm dados das vítimas e, ao ativar o número, invadem contas de redes sociais, promovendo investimentos falsos ou vendas inexistentes.
- Golpe das curtidas: Oferecendo ganhos por curtidas, os criminosos solicitam pagamento de licença de um aplicativo falso, resultando em prejuízo quando o software prometido não é real.
- Golpe da avaliação de vídeos: Mirando aqueles que aspiram uma renda extra, o golpe da avaliação de vídeos oferece dinheiro em troca de curtidas e avaliações em vídeos online. A participação nesse esquema requer o pagamento de uma suposta licença de aplicativo, porém, as vítimas descobrem que o acesso prometido nunca é concedido. Uma ilusão de oportunidade lucrativa que tem se propagado, explorando a ânsia por ganhos extras na internet.
- Golpe do Meu Velho Rico: Semelhante aos golpes de curtidas, prometem pagamentos via Pix pra mulheres conversarem com homens cadastrados na plataforma, mas o dinheiro nunca é liberado.
- Golpe da voz falsa: Em uma tática semelhante ao deepfake, os cibercriminosos exploram exclusivamente áudios das vítimas para criar réplicas convincentes através de inteligência artificial (IA). Este ardil é frequentemente empregado para solicitar dinheiro a parentes ou amigos, comumente via WhatsApp. O destaque desse golpe levou o FTC (Federal Trade Commission), órgão regulador do comércio dos Estados Unidos, a alertar sobre a facilidade com que os golpistas conseguem pequenos clipes de áudio online para a clonagem de vozes.
- Golpe do reconhecimento facial: Clonando contas de estabelecimentos, os golpistas enganam as vítimas, pedindo um reconhecimento facial sob alegação de protocolo de segurança. A cilada se revela quando a vítima, sem saber, autoriza transações bancárias.
- Golpe do falso policial: Por meio de mensagens, os golpistas se passam por policiais civis, simulando investigações e solicitando dinheiro para anular supostos mandados. Uma farsa que busca extorquir dinheiro sob falsos pretextos.
- Golpe do falso empréstimo: Mirando a vulnerabilidade financeira, os criminosos, munidos de dados vazados, oferecem empréstimos fictícios, solicitando dinheiro para taxas inexistentes, iludindo as vítimas.
- Golpe do MEI: Com informações públicas da empresa, como e-mail e telefone, facilmente disponíveis na internet, os cibercriminosos têm arquitetado uma estratégia enganosa contra o MEI (Microempreendedor Individual). Os golpistas enviam mensagens de cobrança, alertando sobre a necessidade de efetuar um pagamento para associar o CNPJ da empresa a uma entidade. Alegando consequências severas, incluindo a negativação da empresa, caso a taxa não seja quitada, os criminosos exploram a vulnerabilidade dos empreendedores.
Com informações do G1
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