O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, revelou a existência de pelo menos três planos contra ele, descobertos nas investigações sobre a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro de 2023. Uma, inclusive, incluía a ameaça de enforcamento. As declarações foram dadas ao jornal O Globo.
Um dos planos, o dos “mais exaltados”, segundo o ministro, defendia que ele “deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes”. “Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, completa.
Segundo Alexandre de Moraes, no dia dos ataques golpistas à Praça dos Três Poderes, ele estava em Paris, durante uma viagem à Europa feita após a posse do presidente Lula. O ministro soube do ataque ao STF através de imagens mostradas por seu filho.
Responsabilização dos envolvidos
Na entrevista, Alexandre de Moraes ressaltou ainda a importância das punições aos envolvidos no ataque de 8 de janeiro, incluindo políticos. O ministro, responsável pelo caso no STF, ressaltou que mais de 30 pessoas foram condenadas em menos de um ano.
“Foi um erro muito grande das autoridades deixar, durante o ano passado, aquelas pessoas permanecerem na frente dos quartéis. Isso é crime e agora não há mais dúvida disso…Não há limite. Todos aqueles que tiverem a responsabilidade comprovada, após o devido processo legal, serão responsabilizados”, enfatizou.
Outro tema abordado por Moraes foi o papel das plataformas no ataque de 8 de janeiro. O ministro do STF defendeu a regulamentação das redes sociais, que devem ser pauta do TSE no primeiro semestre de 2024.
“Elas falharam e foram instrumentalizadas no 8 de Janeiro. Proliferaram o discurso de ódio, antidemocrático, permitindo que as pessoas se organizassem para a “festa da Selma”, que era o nome utilizado (para o 8 de Janeiro)”, ressaltou Alexandre de Moraes.
Com informações do Brasil 247
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