O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central, considerado uma espécie de “termômetro” do PIB (Produto Interno Bruto), mostrou expansão de 0,4% em fevereiro, o que mostra uma retração do indicador em relação a janeiro, quando avançou 0,9%. O indicador foi divulgado na manhã desta sexta-feira (11) pelo BC.
O cálculo foi feito após ajuste sazonal, para comparar períodos diferentes. Apesar da retração, esse foi o segundo mês seguido de aumento do IBC-Br.
Na comparação com fevereiro do ano passado, o indicador alcançou aumento de 4,1%, segundo o Banco Central.
Na parcial dos primeiro bimestre, a alta do indicador foi de 3,8% e, em doze meses até fevereiro de 2025, o crescimento foi, também, de 3,8%.
IBC-Br converge com indicadores econômicos
Na quinta-feira (10), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o volume de serviços no país avançou 0,8% em fevereiro de 2025 na comparação com o mês anterior, quando recuou 0,6%. Frente a fevereiro de 2024, o setor se expandiu 4,2%, décima primeira taxa positiva consecutiva.
O BC vê uma retomada de alguns setores econômicos. Em fevereiro, segundo a instituição, o setor que se destacou foi a agropecuária, com um incremento de 5,6% na atividade econômica.
A autoridade segue elevando a taxa básica de juros, a Selic, para tentar frear o crescimento econômico e, assim, convergir a inflação para a meta perseguida pelo BC, que é de 3% (centro), podendo oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto).
Em março, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC elevou a Selic em 1 ponto percentual em março, para 14,25%. Portanto, ainda não houve efeito da alta no IBC-Br de fevereiro.
Em 2024, o PIB (Produto Interno Bruto) avançou 3,4%, surpreendendo os economistas.
Para 2025, a projeção do mercado financeiro é de uma expansão de 1,97%, bem abaixo do crescimento registrado no ano passado.
Embora seja considerado um “termômetro do PIB”, o IBC-Br e o indicador calculado pelo IBGE possuem metodologias diferentes.
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