A antropóloga Jacqueline Muniz discute em entrevista ao programa Sinapse a importância das câmeras corporais policiais, mas enfatiza a necessidade de padrões e supervisão adequados. Ela alerta contra a dependência exclusiva da tecnologia e enfatiza que, em última análise, o que importa são as ações e decisões dos PMs.
Embora as câmaras corporais possam ajudar a reduzir os abusos de poder, existem limitações e desafios logísticos na sua implementação eficaz.
Jacqueline destaca ainda a necessidade de um programa de controle do trabalho da polícia, sistemas de armazenamento e auditoria externa.
Ela salienta a importância de políticas claras sobre o uso da força e o papel da sociedade na determinação do nível apropriado de poder coercivo utilizado pela polícia.
Sem controle individual e padrões táticos adequados, as câmeras corporais por si só são insuficientes, acredita.
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