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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

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PF obteve provas de que Abin foi usada para auxiliar Flávio e Jair Renan Bolsonaro

Segundo a coluna apurou junto à PF, a Abin trabalhou para tentar favorecer os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro
25/01/2024 | 11h15

A Polícia Federal obteve provas de que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) atuou para influenciar nas investigações que existiam contra o senador Flávio Bolsonaro e o influencer Jair Renan Bolsonaro. Segundo a coluna apurou junto à PF, a Abin trabalhou para tentar favorecer os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. A TV Globo também obteve informações de que a agência foi instrumentalizada para auxiliar a família do ex-presidente. No caso de Flávio, a atuação da Abin foi no caso que apura desvio de salários de gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).

Foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado

Os dados dessa investigação constam das medidas que basearam a Operação Vigilância Aproximada nesta quinta-feira (25). O deputado federal Alexandre Ramagem (PL–RJ) é o principal alvo de busca e apreensão da PF hoje. A investigação apura a existência de uma organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

A coluna apurou ainda que o policial federal Felipe Arlotta Freitas, um dos homens de confiança de Ramagem, também é um dos alvos de busca e apreensão na operação. Além disso, um dos locais onde a PF cumpre a busca é o gabinete do deputado no Congresso Nacional.

Policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais.

Em nota, o senador Flávio Bolsonaro (PL–RJ) negou favorecimento da agência. “É mentira que a Abin tenha me favorecido de alguma forma, em qualquer situação, durante meus 42 anos de vida.
Isso é um completo absurdo e mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro. Minha vida foi virada do avesso por quase cinco anos e nada foi encontrado, sendo a investigação arquivada pelos tribunais superiores com teses tão somente jurídicas, conforme amplamente divulgado pela grande mídia”, informa, por nota.

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