A promotora Simone Sibilio, ex-coordenadora do Gaeco do MP–RJ (Ministério Público do Rio) disse à coluna que considera “preocupante” e “inadmissível” a informação de que foi monitorada pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo de Jair Bolsonaro. Sibilio liderou a investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes entre 2019 e julho de 2021.
Na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para autorizar a Operação Vigilância Aproximada, nesta quinta-feira (25), consta a informação de que foi identificada a “instrumentalização da Abin, para monitoramento da promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios qualificados perpetrados em desfavor da vereadora Marielle Franco e o motorista que lhe acompanhava Anderson Gomes”.
Segundo a decisão, a Controladoria Geral da União (CGU) encontrou um resumo do currículo da promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP–RJ) que coordenava a força-tarefa que investigada as mortes de Marielle e Anderson.
A decisão de Moraes não esclarece qual seria o objetivo do monitoramento da promotora responsável pelo caso. De maneira geral, esquema de monitoramento ilegal montado na Abin buscava, entre outras coisas, criar relatórios apócrifos para criar narrativas falsas.
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