A PF obteve um conjunto de mensagens do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) que implica o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-Rio), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no que ficou conhecido como “Abin Paralela”. A coluna apurou que a PF obteve essas provas em uma nuvem e que já tinha esse conjunto de mensagens antes da operação Vigilância Aproximada na semana passada.
Carlos Bolsonaro é alvo nesta segunda (29) de operação da Polícia Federal que apura desvios cometidos na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo de Bolsonaro. A busca e apreensão foi autorizada para a casa de Carlos e também na Câmara Municipal do Rio.
As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília–DF (18), Juiz de Fora–MG (1), São João Del Rei–MG (1) e Rio de Janeiro–RJ (1).
OPERAÇÃO ÚLTIMA MILHA
A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, do último dia 20. As provas obtidas a partir das diligências da Polícia Federal à época indicam que havia um grupo criminoso que criou uma estrutura paralela na Abin.
O esquema, diz a PF, usou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, além de obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da PF.
A PF afirma que os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial, ou com objetivos não autorizados em lei.
RAMAGEM ALVO
Na quinta-feira (25), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL–RJ) foi alvo de busca e apreensão da PF nessa mesma investigação.
Além dele, o policial federal Felipe Arlotta Freitas, um dos homens de confiança do ex-diretor da Abin, foi alvo de busca e apreensão.
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