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Ex-comandantes da PM-DF presos após 8/1 vão para a reserva com salário de R$ 18 mil

Portaria com a dispensa dos policiais foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal na quarta (31)
02/02/2024 | 05h59

Presos por supostamente se omitirem ao durante os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado, ex-comandantes da Polícia Militar do Distrito Federal foram transferidos para a reserva remunerada. Isto é, Fábio Augusto Vieira e Klepter Rosa Gonçalves devem receber em torno de R$ 18 mil como “aposentados” do serviço na corporação.

Como mostrou o R7, A portaria com a dispensa dos policiais foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal na quarta (31), e informa que os oficiais foram transferidos em razão do tempo de serviço.

Segundo o último dado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o valor médio da aposentadoria no Brasil é de R$ 1.758.

A reportagem mostra que, de acordo com dados do Portal da Transparência do DF, Vieira recebeu um salário líquido de R$ 39.152,59, valor esse que já teve os descontos obrigatórios.

O ex-comandante também recebeu “penduricalhos” de R$ 21.199,96, que podem ser de férias ou 13º, por exemplo. O pagamento foi feito em novembro de 2023.

A última remuneração de Gonçalves, no mesmo mês, foi de R$ 39.955,27. A reserva remunerada também é conhecida como inatividade.

PRISÕES

O então comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves, e outros quatro oficiais foram presos em 18 de agosto de 2023, durante ação conjunta entre a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República.

Segundo a PGR, a cúpula da PMDF deixou de agir para impedir o vandalismo contra as sedes dos Três Poderes. O motivo seria o alinhamento ideológico com os manifestantes golpistas que promoveram atos extremistas.

A PGR informou, em nota, que foi constatada uma “profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.

Segundo o órgão, há provas de que os agentes receberam, antes de 8 de janeiro, diversas informações de inteligência que sugeriam as “intenções golpistas” do movimento e o “risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes”.

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