Durante a última semana, um movimento reaproximou setores da imprensa, governistas e antibolsonaristas. As três notícias econômicas de maior destaque foram promovidas com bastante ênfase: o Brasil como a NNA economia do mundo, a divulgação da nova nota de crédito da S&P e a série de recordes da Ibovespa.
Em outra frente, atores não-polarizados também promoveram a série de indicadores positivos, com destaque para o país como a 9ª maior economia do mundo segundo o FMI. Nesse cenário, a possibilidade de comparação direta entre gestões Lula e Bolsonaro foi essencial para justificar o frenesi antibolsonarista com o tema.
Entre apoiadores e antibolsonaristas a abordagem segue uma mesma linha que reaproxima estes agrupamentos: ironizar o ex-ministro Paulo Guedes. Questionam previsões catastróficas (ex: vai virar Venezuela) e enaltecem a “sorte” – uma espécie de meme – que Lula tem na economia.
Já entre bolsonaristas e alguns atores centrais da fintwit, tentativa de enaltecer o governo anterior e creditar a melhora na S&P também as reformas efetuadas por Temer e Bolsonaro se destacam, apesar de restritas exclusivamente a estes clusters.
De maneira geral, ainda que o tema não gere um forte buzz para além da polarização, a pauta engaja atores de diversos agrupamentos antibolsonaristas, possibilitando assim ao campo governista um engajamento propositivo a partir de um tema que, nas últimas semanas, foi explorado pelo bolsonarismo (oposição) enquanto alternativa de desgaste para o governo federal: a economia.
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