Em sua casa em Angra dos Reis desde a virada do ano, Jair Bolsonaro recebeu a Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (8). Seu assessor Tércio Arnaud, chefe do chamado “gabinete do ódio” durante o governo passado, estava hospedado na casa, no distrito histórico de Mambucaba, onde Bolsonaro possui dois sobrados, um de frente para a rua principal e outro com acesso à praia.
À jornalista Lilian Tahan, colunista do Metrópoles, Bolsonaro disse que não sente medo de ser preso.
“Hoje em dia não é medo. Hoje tudo pode acontecer com qualquer pessoa no Brasil. Em nome de salvar a democracia estão fazendo barbaridades.”
Ao colunista Igor Gadelha, também do Metrópoles, Bolsonaro disse:
“Acabou minha folga. Vejo colega sendo preso, é muito ruim”, afirmou o ex-presidente.
Bolsonaro disse “não entender” a acusação de tentativa de “golpe de Estado” contra ele e militares e civis que atuaram durante seu governo, uma vez que teria feito uma transição “sem problemas”.
“Não entendo (acusação de) tentativa de golpe. Fizemos uma transição sem problemas. A pedido do Lula, nomeei os três comandantes de Força escolhidos por ele em dezembro. Como vou nomear comandante de Força dele e dar um golpe depois?”, pontuou.
No fim de semana, o ex-presidente promoveu reuniões com apoiadores, atividade que chamou de “cercadinho de Mambucaba”, em referência ao local onde se encontrava com simpatizantes no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência.
Segundo o comentarista o ICL e colunista do Metrópoles, Guilherme Amado, o ministro Alexandre de Moraes e a Polícia Federal “têm convicção de que, acuado, Bolsonaro fugiria do país”, por isso seu passaporte foi solicitado.
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