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Acordo de cooperação projeta criação da aerotrópole do Rio de Janeiro

Aerotrópole é uma sub-região metropolitana onde o esboço, a infraestrutura e a economia estão centrados no aeroporto
16/11/2024 | 09h56

O projeto de criação da aerotrópole do Rio de Janeiro deu um passo significativo nesta sexta-feira (15): foi assinado, em evento no U20 (dentro da programação do G20), acordo de cooperação entre a Prefeitura da cidade e a zona econômica do Aeroporto de Zhengzhou (ZAEZ), na China, maior aerotrópole do mundo, com área total de mais de 700 km².

Uma aerotrópole é uma sub-região metropolitana onde o esboço, a infraestrutura e a economia estão centrados em um aeroporto que serve como núcleo comercial multimodal da “cidade aeroportuária”.

No painel do U20 sobre aerotrópoles, representantes da prefeitura, da ZAEZ e do projeto da aerotrópole do Rio se juntarão ao americano John Kasarda, maior autoridade mundial no assunto, responsável pela criação do termo e pela implantação de mais de 25 aerotrópoles ao redor do mundo.

Consultor da aerotrópole do Rio, John Kasarda destaca a importância do projeto. “A rápida expansão de instalações comerciais relacionadas a aeroportos está transformando os portais aéreos em âncoras de desenvolvimento metropolitano do século 21, onde viajantes e moradores podem fazer negócios, trocar conhecimentos, fazer compras, comer, dormir e ter opções de entretenimento sem se distanciar mais de 15 minutos do aeroporto”, explica ele. “Essa evolução espacial e funcional está transformando muitos aeroportos de cidades em cidades-aeroportos.”

Gustavo Guerrante, da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos, destaca a importância da criação da aerotrópole do Rio e do acordo com Zhengzhou.

“O Rio de Janeiro tem uma característica muito interessante de ter um aeroporto numa ilha, uma ilha colada à cidade, com facilidade de comunicação, que é um privilégio que muitas metrópoles não têm”, afirma. “A cidade pode aproveitar muito melhor essa posição estratégica da Ilha do Governador, conectada, banhada pela Bahia de Guanabara, dentro do centro da cidade, para melhorar sua eficiência, sua distribuição, seu transporte, e agregar valor, principalmente, a essa região da cidade.  A parceria com Zhengzhou nos traz a experiência de quem já deu passos muito bem sucedidos neste sentido. É importante não partirmos do zero, já que trazemos um parceiro experiente”.

O ponto de partida para a criação da aerotrópole do Rio aconteceu há quatro anos, quando começou a ser desenvolvida a Aldeya Life Park, polo de desenvolvimento econômico que ocupa área de 150 mil m² dentro do sítio aeroportuário, em posição estratégica, conectando o mar, através da Baía de Guanabara, e o ar, via aeroporto.

“A Aldeya materializa o conceito de “airport city” e é uma espécie de núcleo para o desenvolvimento do projeto da aerotrópole. Por meio do terminal de barcas, tornaremos possível também a saída do aeroporto em direção ao Centro e ao aeroporto Santos Dumont em outro modal que não apenas a Linha Vermelha e a av. Brasil. Esta multimodalidade — e a conectividade com outros pontos da cidade — é outra premissa importante para a criação de uma aerotrópole”, conta André Bendavit, um dos criadores da Aldeya e comandantes do projeto da Aerotrópole do Rio de Janeiro.

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