O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, afirmou que dará uma “resposta dura” aos atentados que mataram, hoje pela manhã, pelo menos 103 pessoas no sul do país — outras 141 ficaram feridas. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, também prometeu vingança.
“O mal e os inimigos criminosos da nação iraniana voltaram a causar um desastre e mataram um grande número de pessoas queridas em Kerman. Esta tragédia terá uma resposta dura, se Deus quiser”, afirmou Khamenei.
“Sem dúvida, os perpetradores e responsáveis por esta ação covarde serão em breve identificados pelas forças de segurança e responsabilizados pelo ato hediondo”, disse Raisi.
Na manhã de hoje, duas explosões aconteceram durante procissão em homenagem ao general Qassem Soleimani. A primeira foi perto da mesquita Saheb al-Zaman, na cidade de Kerman, onde está enterrado o militar. A segunda ocorreu cerca de dez minutos depois.
Centenas de pessoas estavam em procissão a caminho do túmulo do general, morto em 2020, quando as duas bolsas com bombas explodiram. Soleimani foi morto por drones das Forças Armadas dos Estados Unidos, perto da fronteira com o Iraque.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque. Autoridades iraquianas, no entanto, tratam as explosões como ataque terrorista.
Qassem Soleimani era uma das personalidades mais populares do Irã. Encarregado das operações internacionais da Guarda Revolucionária do Irã, o militar atuou ao lado do presidente Bashar al-Assad, da Síria, nos combates contra o grupo Estado Islâmico.
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