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A Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) deve votar hoje o projeto de privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de SP), projeto do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). A votação ocorre após dois dias de debates no plenário, com direito a empurrões e xingamentos.

O modelo, proposto pelo governo de São Paulo, prevê investimentos de 66 bilhões de reais até 2029, o que representaria 10 bilhões a mais em relação ao atual plano de investimento na Sabesp. Apesar das previsões de aumento no investimento para a universalização dos serviços, a privatização, alega a oposição ao projeto, representa um risco no atendimento das cidades e comunidades mais carentes.

No mundo, especialmente na Europa, nos últimos anos, diversas cidades reestatizaram sistemas de água e esgoto. Entre 2000 e 2023, houve 344 casos de “remunicipalização”, de acordo com levantamento do banco de dados Public Futures (futuros públicos; publicfutures.org), coordenado pelo Instituto Transnacional (TNI), na Holanda, e pela Universidade de Glasgow, na Escócia.

Na Alesp, há dúvidas sobre a margem de votos para aprovação do projeto de privatização da Sabesp. O projeto ganhou novos opositores após os problemas com a concessão de energia elétrica da Enel, na cidade de São Paulo.

uma votação preliminar para encerrar a fase de discussões e partir para a votação do projeto serviu de termômetro de que o governo pode alcançar um placar melhor do que o previsto. Nesse pleito para encerrar as discussões, 58 deputados foram favoráveis ao fim dos debates e 20, contrários. A privatização precisa de 48 votos favoráveis para ser aprovada.

Na noite de terça-feira (5), o segundo dia de discussões sobre o projeto teve um princípio de confusão após o deputado Emídio de Souza (PT) chamar o MBL (Movimento Brasil Livre) de “o maior lixo que a política brasileira já criou”. Guto Zacarias (União Brasil), vice-líder do governo Tarcísio, é um dos líderes do MBL e respondeu à provocação afirmando que “a Justiça chamou o PT de ladrão”.

A partir daí, os deputados Antonio Donato (PT) e Tenente Coimbra (PL) trocaram empurrões, com Gil Diniz (PL) no meio. Na sequência, os deputados Maurici (PT) e Lucas Bove (PL) trocaram xingamentos de “vagabundo”. O presidente da Casa, André do Prado (PL), suspendeu a sessão por cerca de três minutos, até que a situação se acalmasse.

 

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