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Alexandre Pires é alvo de operação da Polícia Federal contra garimpo ilegal

Corporação investiga movimentações de quase R$ 250 milhões que envolveriam garimpeiros e empresários. Cantor teria recebido mais de R$ 1 milhão de mineradora
06/12/2023 | 11h00

O cantor Alexandre Pires foi um dos alvos da Operação Disco de Ouro, deflagrada hoje pela Polícia Federal. A informação é do site Metrópoles. A ação teve como objetivo desarticular um esquema de financiamento e logística ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

Segundo o site, o mandado de busca e apreensão contra Alexandre Pires foi cumprido pela PF dentro de um cruzeiro, em Santos, no litoral de São Paulo. De acordo com as investigações, o cantor teria recebido, ao menos, R$ 1 milhão de uma mineradora investigada.

A PF informou ainda que o esquema contaria também com a participação de Matheus Possebon, que é empresário de Alexandre Pires. Segundo as investigações, ele seria um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes.

A PF informou que foram cumpridos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão em Boa Vista e Mucajaí, em Roraima, além de São Paulo e Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC). Também foi determinado o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos.

DESDOBRAMENTO

A Operação Disco de Ouro é um desdobramento de uma ação da PF deflagrada em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita extraídas da Terra Indígena Yanomami se encontravam depositadas na sede de uma empresa investigada e estariam sendo preparadas para remessa ao exterior.

O inquérito policial indica que o esquema seria voltado para a “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da TIY, no qual o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba/PA, e supostamente transportado para Roraima para tratamento.

As investigações apontam que tal dinâmica ocorreria apenas no papel, já que o minério seria originário do próprio estado de Roraima.

Foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas.

 

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