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Ana Hickmann dá detalhes de agressões do marido: ‘Ele só parou quando liguei 190’

Pela primeira vez, empresária e modelo falou sobre denúncia contra Alexandre Correa
27/11/2023 | 07h47

A empresária, modelo e apresentadora Ana Hickmann falou pela primeira vez sobre o histórico de agressões verbais e psicológicas que vinha sofrendo do marido, Alexandre Correa, com quem é casada há 25 anos. Há duas semanas, Ana denunciou à polícia ter sido agredida fisicamente por ele dentro da própria casa.

Os detalhes a seguir foram contados por Ana Hickmann à também apresentadora Carolina Ferraz no programa Domingo Espetacular, da Record, que foi ao ar na noite deste domingo (26).

Motivo da discussão e tentativa de cabeçada

A modelo contou que as brigas e agressões verbais eram frequentes. No dia da agressão física, o casal havia discutido (mais uma vez) porque Ana Hickmann conversava com o filho sobre problemas financeiros que poderiam atingir a família. A ideia, disse, seria preparar a criança e parar de mentir sobre a situação, como Alexandre Correa costumava fazer.

“Ele (Alexandre) tinha esse hábito de quando estava ‘perdendo’ na briga verbal, porque eram em sequência essas brigas, ele vinha e me agarrava com força pra eu não sair. Porque eu falava: ‘Não chega perto de mim. Não encosta. Não me toca’. Aí, eu comecei a gritar. A pedir socorro.”

Durante a discussão, a apresentadora relatou que o marido tentou acertá-la com uma cabeçada.

“Ele veio para me dar uma cabeçada. Ele não me acertou porque eu esquivei. Eu no me esquivei e fui buscar meu celular que estava no balcão loga atrás e falei: ‘Se você vier pra cima de mim, eu vou chamar a polícia”, disse a apresentadora.

Para fugir de Alexandre Corre, Ana Hickmann disse que tentou se trancar na cozinha da casa. A modelo contou que o marido tentava impedir que ela fechasse a porta do cômodo, que era de correr. Em meio à disputa, segundo a apresentadora, Alexandre fechou a porta com toda força no braço dela, próximo do antebraço.

“Na hora eu não senti dor, mas os meus cachorros estavam atrás de mim. A Fani e o Joaquim. (Estavam) Latindo muito por conta da briga. Como eles já tinham visto o Alexandre gritar muitas vezes, quando ele gritava os cachorros ficam muito alterados dentro de casa. E eu gritei ‘pega’. E o Joaquim pegou. E o meu cachorro voou pra cima dele (Alexandre). E eu consegui fechar a porta e travar as janelas. Só não consegui fechar a janela que ficava em cima da pia.”

Foi então que Ana percebeu a lesão no braço pela pancada. Ela acrescentou que a perseguição do marido dentro de casa só parou quando ela ligou para a polícia.

“Eu botei o telefone em cima da mesa, e eu vi que ele subiu em direção à cozinha, e ele gritando assim: ‘Larga esse telefone’. Eu disse: ‘Não entra’. Ele ia pular a janela, e só parou quando eu liguei 190. Foram três toques. E a policial atendeu do outro lado. Ainda bem que existe o 190. Porque se não houvesse, ele teria pulado a janela e eu não sei o que poderia ter acontecido.”

Relação tóxica 

Ana Hickmann considerava que a relação com Alexandre Correa era tóxica há bastante tempo. A apresentadora disse que tentou se desvencilhar do compromisso algumas vezes. Segundo ela, o marido sempre teve um temperamento agressivo e explosivo.

“As pessoas que estão ao seu redor são convencidas a dizer que você está errada. Que você é que está desequilibrada, tá trabalhando demais, tá cansada. ‘Não, ele tá só te protegendo’. Nossa, ouvia muito isso.”

Quando questionada sobre o porquê de aturar tanta truculência do marido, Ana disse que se acostumou a responder que era o jeito dele.

“Em um determinado momento da nossa vida, eu comecei a perceber que não tinha mais amor ali. E era sim um grande negócio. Mas quem estava ao nosso redor me fazia acreditar que eu estava louca. Que eu não podia fazer isso.”

Investigação de fraude, desvio de dinheiro e falsidade ideológica

Ana Hickmann contou que a Justiça investiga o envolvimento do marido em supostos de crimes de fraude, desvio de dinheiro e falsidade ideológica.

“Eu sempre achei muita coisa, mas quando eu comecei a perceber que não era o certo, e quando eu trazia isso para as pessoas que eu achava que eu podia confiar, elas diziam: ‘Pelo amor de Deus, olha o seu filho, olha a sua carreira’. Me desestimulavam o tempo todo.”

 

 

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