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Antônio Brito desiste da disputa pela presidência da Câmara do Deputados

Candidato de Kassab, Brito era tido como o nome mais próximo do Planalto entre os postulantes ao cargo de Lira
13/11/2024 | 18h19

Por Cristiane Sampaio — Brasil de Fato

Em um novo capítulo das costuras políticas que envolvem a disputa pela sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados, o deputado Antônio Brito (PSD-BA) anunciou, nesta quarta-feira (13), sua desistência da corrida.

O parlamentar também divulgou que irá apoiar o nome de Hugo Motta (Republicanos-PB) na disputa. A renúncia já era esperada e foi comunicada à bancada do PSD na tarde desta quarta durante encontro que reuniu os membros da sigla e o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, até então principal fiador do nome de Antônio Brito.

O anúncio vem também após diálogo com Motta, com quem o candidato do PSD negociou a desistência em troca de postos políticos na Câmara no caso de vitória do líder do Republicanos, considerado favorito na disputa. Sigla que mais elegeu prefeitos nas eleições municipais deste ano, o PSD teria pedido que seja respeitada, no próximo ano, a proporcionalidade partidária na divisão dos espaços de comando da Casa e na distribuição de relatorias de projetos. O partido ocupa atualmente a primeira suplência e a presidência da Corregedoria e da Ouvidoria da Câmara, além da Terceira Secretaria. Também preside as Comissões de Minas e Energia e Turismo da Casa.

Antônio Brito é líder da bancada do PSD na Câmara dos Deputados. (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

Hugo Motta e Elmar Nascimento na disputa

Com a saída de Brito do confronto, a disputa conta agora apenas com os nomes de Motta e do líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), cuja desistência também é esperada nos bastidores há alguns dias. O parlamentar tem intensificado as tratativas com Motta e outras lideranças para acordar os termos da renúncia. Até o momento, o líder do Republicanos conta com o apoio formal de mais de dez partidos, incluindo PDT, PSB, PSDB, Cidadania, PL, PP, MDB, PT, Podemos, PV e PCdoB, além de sua própria sigla.

A eleição para a presidência da Câmara ocorre a cada dois anos, sempre no início de fevereiro, logo após a abertura do ano legislativo de 2025.

O pleito também envolve a disputa por outros cargos da mesa diretora da Casa, mas a consulta se dá de forma separada, ou seja, não há uma chapa formal que reúna candidatos a diferentes postos. Estarão em jogo os cargos de primeiro-vice-presidente, segundo-vice-presidente, primeiro-secretário, segundo-secretário, terceiro-secretário e quarto-secretário, bem como os postos de primeiro-suplente, segundo-suplente, terceiro-suplente e quarto-suplente.

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