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Depois que milicianos do Rio de Janeiro incendiaram ao menos 35 ônibus, um trem, dois veículos de passeio e um caminhão na tarde de ontem, na zona oeste da cidade, o minstro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, prometeu mandar mais equipes de sua pasta ao estado. As ações de terror começaram depois que uma operação da Polícia Civil causou a morte de Matheus da Silva Rezende, um dos líderes de um grupo de milícia, conhecido como Teteu e Faustão.

“Amanhã (hoje) estarão no Rio o Secretário Executivo Ricardo Cappelli; o Secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar; e o Comandante da Força Nacional, coronel Alencar. Irão reunir com as nossas Superintendências da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Também com as equipes dos governos estadual e municipal”, anunciou o ministro nas redes sociais. “Estamos mantendo e ampliando operações diárias no Rio, no que se refere à competência federal, com realização de prisões, investigações, patrulhamento e apreensões. Vamos aumentar mais ainda as equipes federais, em apoio ao Estado e ao Município”.

Dino explicou a abordagem do problema deve ser compartilhada: “Em um sistema federativo, temos que respeitar os demais entes da Federação e buscar ações convergentes, o máximo quanto possível. Foi assim que agimos em outros estados que atravessaram crises de Segurança neste ano de 2023. Teremos novas decisões nos próximos dias, sob orientação do Presidente Lula”.

O Ministério da Justiça já tinha enviado ao Rio 300 homens da Força Nacional para ajudar no combate ao crime organizado — a segunda parte do contingente chegou ontem.

Em entrevista coletiva concedida ontem, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), disse que os presos pela polícia sob acusação de incendiarem os coletivos — até a noite de ontem eram 12 — serão tratados como terroristas e enviados para presídios federais.

A zona oeste do Rio, onde aconteceram os ataques, tem 2,6 milhões de habitantes, o que representa cerca de 41% da população carioca.

Depois dos ataques, os usuários de transportes coletivos tiveram muita dificuldade para voltar para casa. Alguns foram obrigados a caminhar por quilômetros e muitos ficaram isolados por muitas horas nos pontos de ônibus, sem conseguir se locomover.

Por uma triste ironia, um dos únicos meios de transporte que funcionava ontem à noite era o sistema de vans, que em muitos bairros é dominado pela milícia.

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