O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pediu que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cancele o contrato de concessão da Enel. Isso acontece após um novo apagão na cidade, ocorrido ontem, quarta-feira (15). Hoje, quinta-feira (16) durante vistoria a obras no córrego Água Espraiada, na zona sul da capital, Nunes afirmou que já vinha discutindo esses apagões com a Enel “há muito tempo” e que o temporal de 3 de novembro não é o único motivo da falta de energia.
“O que eu pedi para a Agência Nacional de Energia Elétrica é para que cancelasse o contrato com a Enel. Não é só por conta dessas chuvas que aconteceram no dia 3 de novembro. A gente já vinha há muito tempo discutindo com a Enel uma série de questões”, disse.
A multinacional assumiu o fornecimento de energia à capital e a 23 municípios da Grande São Paulo em 2018.
O prefeito avalia que o problema da concessionária é “grave” e que ela “precisa melhorar muito”. Por isso, afirmou, entrou na Justiça.
Nunes ainda citou que há ao menos cinco UBS (Unidades Básicas de Saúde) sem energia elétrica na cidade aguardando pelo serviço da Enel para começar a funcionar e um conjunto habitacional finalizado há cinco meses que não pode ser inaugurado por falta de luz. “[As obras] estão prontas aguardando a Enel fazer a ligação de energia”, prosseguiu o emedebista.
O presidente nacional da Enel, Nicola Cotugno, admitiu que 290 mil pessoas ficaram sem luz na noite de ontem e afirmou que a cidade pode voltar a ter apagões se tiver ventos de mais de 100km/h. Ele garantiu, no entanto, que a empresa está preparada para reestabelecer os serviços de maneira rápida.
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