As bolsas da Ásia abriram e fecharam em alta, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou redução de 10% nas taxas recíprocas, pelo prazo de 90 dias. As bolsas da Europa também estão operando em alta.
Trump disse que fez uma “pausa” no tarifaço, que há uma semana resultou na escalada da guerra comercial em todo o mundo. Na decisão, ele também anunciou taxas de 125% contra a China.
Até então, os mercados vinham operando no campo negativo com a perspectiva de desaceleração da economia global. O recuo de Trump em relação ao tarifaço, no entanto, fez o humor mudar completamente.
Na China, a bolsa subiu 2,34%; em Hong Kong, subiu 1,87%; no Japão, subiu 8,99% e na Coreia do Sul, subiu 6,60%.
Já as bolsas de Nova York dispararam e registraram nesta quarta-feira (9) suas maiores altas diárias em anos: Dow Jones subiu 7,9%, S&P 500 subiu 9,5%, e Nasdaq avançou 12% (seu melhor dia desde 2001).
No Brasil, o Ibovespa seguiu o fluxo das bolsas internacionais, e encerrou o pregão de quarta-feira com alta parruda de 3,12%, aos 127.795,93 pontos, um ganho de 3.864,04 pontos.
O dólar, por sua vez, encerrou o dia com baixa considerável de 2,51%, aos R$ 5,845. A divisa norte-americana chegou a atingir R$ 6,096 na máxima do dia, mas arrefeceu depois de Trump anunciar a suspensão das taxas recíprocas acima de 10% por 90 dias para os países que não retaliaram os EUA.

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Bilionário apoiador de Trump, Ackman elogia presidente por rejeitar ‘ideologias’
Bill Ackman, um dos mais proeminentes apoiadores de Trump em Wall Street, elogiou a decisão do presidente dos EUA de adiar a maioria de suas tarifas “recíprocas”.
Ackman, CEO e fundador da Pershing Square Capital, disse estar encorajado pelo fato de Trump ter seguido o conselho “economicamente sensato” do Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em vez de seguir as “ideologias em sua administração”.
“Trump frequentemente é acusado de não ouvir a opinião dos outros, mas está absolutamente claro que, neste caso, ele o fez — e isso é um bom sinal para os próximos quatro anos”, disse Ackman em uma publicação no X, em resposta às críticas do grande mestre de xadrez russo e ativista Garry Kasparov, que
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