O brasileiro Thiago Ávila desembarcou às 5h30 desta sexta-feira (13) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, após ser deportado de Israel. Juntamente com outros 11 ativistas, Ávila foi sequestrado por agentes israelenses na segunda-feira (9), no veleiro em que estavam, no Mar Mediterrâneo. A embarcação Madleen, da Coalizão Flotilha da Liberdade, levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
O brasileiro ficou detido por quatro dias em uma cela solitária, fazendo greve de fome. No aeroporto, ele foi recebido por um grupo de cerca de manifestantes pró-Palestina.
“isso não tem nada a ver com heroi. Esse foi um ato de solidariedade, de coragem, de afeto, de amor e de humanidade. A gente tentou ao máximo levar a nossa missão humanitária, com alimentos, com medicamentos, com água, próteses para crianças amputadas, já que elas são mais necessárias hoje”, disse Ávila.
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“A gente foi impedido pelo Estado racista, supremacista,que há oito décadas pratica genocídio e limpeza étnica e se estruturou num Estado de colonização e apartheid. E no fim das contas não tem nada a ver com religião. É ideologia, chamada sionismo. Essa ideologia precisa ser desafiada, precisa ser derrotada a partir da união de todo mundo. Juntando todas as ações de rua, as pressões nas redes, ações como a Flotilha, ou a Marcha para Gaza hoje. Todo mundo tem que estar junto nessa batalha”, afirmou.
O ativista destacou que é preciso tornar claro que deixar crianças morrerem de fome está errado. “Estamos num momento decisivo da história da humanidade,o império decadente tenta levar o mundo para a destruição completa e cabe a nós deter”, concluiu.
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