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Argentinos fazem segunda greve geral contra Milei para barrar arrocho ultraliberal

Mobilização toma ruas do país no dia em que Senado vota pacote de medidas proposto pelo presidente de extrema direita
09/05/2024 | 09h50

Por Brasil de Fato

Nesta quinta-feira (9), os argentinos dão início a segunda greve geral contra as medidas ultraliberais do governo de Javier Milei.

Convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), a mobilização abrange todos os setores do país: indústria, comércio, bancos, ensino público e privado, e funcionalismo público em nível municipal, estadual e nacional.

A greve geral tem como objetivo enfrentar “um governo nacional que promove a retirada de direitos trabalhistas e sociais consagrados e um ajuste que é pago pelos que menos têm: assalariados e aposentados”, anunciou a CGT.

Na convocatória para a greve, a central sindical denuncia a volta do imposto sobre os salários, a intervenção nos sindicatos livres, a paralisação das obras públicas com aumento do desemprego, o desmantelamento e a privatização das empresas públicas, o esvaziamento da saúde pública, das universidades, da educação, da ciência e da cultura e a entrega do patrimônio nacional.

Na madrugada desta quinta, todos os transportes terrestres, aéreos e marítimos iniciaram a paralisação, convocada pela entidade Unión Tranviarios Automotor (UTA), que representa os trabalhadores do setor de transporte de passageiros.

Nos dias que antecederam a mobilização nacional, houve manifestações dos petroleiros, da imprensa, da justiça e das organizações sociais, entre outros.

“Solicitamos às autoridades que têm em suas mãos as decisões que estão afetando as vidas da imensa maioria do povo, que reflitam e compreendam os alcances do mandato que se outorgou aos poderes Executivo e Legislativo, e que com base nisso e no cumprimento da Constituição Nacional, ajam em consequência, em defesa dos interesses e o bem-estar de todos os argentinos e argentinas.”

Argentinos contra a Lei Ônibus

A segunda mobilização nacional contra o governo de Javier Milei toma as ruas da Argentina no dia em que o Senado vota o pacote de medidas ultraliberais apresentado pelo Executivo e aprovado na Câmara de Deputados

A segunda mobilização nacional contra o governo de Javier Milei toma as ruas da Argentina no dia em que o Senado vota o pacote de medidas ultraliberais apresentado pelo Executivo e aprovado na Câmara de Deputados.

A lei concede poderes especiais ao Executivo, prevê a privatização de empresas públicas, a eliminação da moratória previdenciária, uma reforma trabalhista e um pacote fiscal. Alvo de intensos protestos após sua apresentação no início do mandato, a legislação voltou à estaca zero da tramitação no Congresso por iniciativa do próprio governo em fevereiro.

A articulação do governo, porém, garantiu que ela fosse aprovada com 142 votos a favor, 106 contra e 5 abstenções na Câmara dos Deputados.

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