Arqueólogos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) identificaram mais um sítio arqueológico de arte rupestre em Pernambuco. O local fica na região do Sertão do Moxotó e passará a integrar o Sítio Arqueológico da Pasta, na cidade de Manari, que está em processo de cadastro.
Segundo o Iphan, é a quinta descoberta a ser cadastrada na região. Em maio, foram identificados os sítios Pedra Letrada, Pingador da Carnaúba e Estivas, em Manari, e Imbe, na cidade vizinha de Ibimirim.
O Iphan informou que os sítios arqueológicos identificados se caracterizam como de arte rupestre em abrigos sob rocha e com a presença de pinturas e gravuras, representando formas humanas e de animais, cenas de caça e formas geométricas.
TRADIÇÃO
As pinturas identificadas foram classificadas como pertencentes a duas tradições arqueológicas para registros rupestres conhecidas no Nordeste brasileiro: Tradição Nordeste e Tradição Agreste.
Em arqueologia, uma tradição em arte rupestre se caracteriza pela recorrência de determinados tipos de grafismos e temas, permitindo assim a classificação das pinturas e a diferenciação de cada grupamento humano e suas técnicas de desenho.
O conhecimento sobre esses bens arqueológicos é inédito para o Iphan em Manari. Por essa razão, de acordo com o arqueólogo Allan Leonardo Silva, permite jogar luz sobre “como os grupos humanos originários viveram [na região], suas formas de sobrevivência, como eram suas relações com o meio ambiente e com o simbólico”, além de contribuir para pesquisas futuras.
“Poderão ser feitas correlações com ocupações de outras áreas, como por exemplo o Vale do Catimbau, importante região com diversos sítios arqueológicos cadastrados”, complementou o pesquisador.
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