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Assessor da Alerj é preso em ação contra compra fraudada de respiradores

Além do assessor, outros seis mandados de prisão e dez de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça contra o grupo criminoso.
10/11/2023 | 13h59

Um assessor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) foi preso nesta sexta-feira (10) durante uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público (MPRJ) de combate a uma quadrilha que, segundo as investigações, fraudou a compra de respiradores na pandemia de Covid.

De acordo com o MPRJ, além do assessor, outros seis mandados de prisão e dez de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça contra o grupo criminoso. O esquema consistia em superfaturar a compra dos aparelhos, usados no tratamento de pacientes com Covid.

A operação Éolo mirou recursos destinados pela Alerj ao município de Carmo, no interior do estado.

EX-PREFEITO E ASSESSOR SÃO ALVOS

Dois dos alvos da operação foram um ex-prefeito da cidade de Carmo, alvo de buscas, e o assessor da Alerj preso hoje, e que na época estava lotado no gabinete da Presidência da Alerj. De acordo com o jornal O Globo, o assessor preso é Rui Tomé de Souza Aguiar, e recebe quase R$ 10 mil como funcionário da Alerj.

O ICL Notícias tenta entrar em contato com os citados pelo MPRJ. O espaço está aberto à manifestação dos mencionados.

O MP informou que os 14 suspeitos de integrar a organização criminosa responderão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, contratação direta ilegal e fraude nos contratos de licitação, lavagem de dinheiro, entre outros. Também são alvos da operação o ex-secretário de Meio Ambiente e a ex-secretária de Saúde de Carmo, além de servidores da Prefeitura de Carmo.

FRAUDE EM 2020

Segundo os investigadores, a compra fraudulenta dos respiradores ocorreu no ano de 2020, com a finalidade principal de desviar recursos públicos da saúde destinados única e exclusivamente para o combate à pandemia. O ex-prefeito de Carmo é apontado na denúncia como um dos líderes da organização criminosa.

O assessor parlamentar, de acordo com as investigações do MP e da polícia, tinha a função de cooptar prefeitos e gestores públicos para os esquemas da organização criminosa. O esquema, sustentam os promotores, resultou em contratação fraudulenta que beneficiou as empresas Sheridan Rio Comércio e Serviços Eirelli, XSM Distribuidora e Nova Pisom.

Diz o MP que elas eram usadas para simular a concorrência e fraudar a dispensa de licitação.

OPERAÇÃO ÉOLO

A segunda fase da operação Éolo aconteceu em agosto de 2022, ocasião em que foram apreendidos R$ 119.850,00 em espécie, escondidos em caixas de sapatos e bolsas, guardados na parte superior de um armário localizado em um quarto de hóspedes na casa do assessor parlamentar.

Ainda segundo o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), até o momento os valores não foram justificados.

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