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Defesa de ex-assessor de Bolsonaro avalia fazer delação premiada, diz TV

Coronel do Exército, Marcelo Costa Câmara está 'aberto a ouvir' propostas. Ele está preso desde 8 de fevereiro
12/03/2024 | 16h24

Ex-assessor especial de Jair Bolsonaro (PL) e coronel da reserva do Exército, Marcelo Costa Câmara poderá fechar acordo de delação premiada. É o que garante o advogado Eduardo Kuntz.

Em entrevista à CNN Brasil, Kuntz afirmou que Câmara está “aberto a ouvir” propostas para uma possível colaboração com as investigações, que correm na Polícia Federal (PF).

Segundo o advogado, Câmara aguardaria apenas uma nova oitiva na PF “para que possam ser dados os esclarecimentos e falar sobre isso [delação], caso seja de interesse da autoridade policial, membros da Procuradoria [Geral da República], ou do próprio ministro [do Supremo Tribunal Federal] relator”.

Ex-assessor de Jair Bolsonaro, coronel Câmara integraria núcleo responsável pela inteligência paralela. Foto: Reprodução

Ex-assessor na PF

No dia 22 de fevereiro, Câmara chegou a comparecer à PF para prestar depoimento juntamente com demais investigados, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na ocasião, no entanto, o coronel se manteve em silêncio, uma vez que não estava com o advogado. Isso porque Eduardo Kuntz acompanhava o depoimento de outro cliente, o também investigado Tércio Arnaud Thomaz.

De acordo com Eduardo Kuntz, já foi pedida no Supremo Tribunal Federal (STF) uma data para um novo depoimento de Câmara. A Corte, porém, ainda não decidiu sobre o caso.

Preso preventivamente

Câmara foi preso preventivamente durante a Operação Tempus Veritatis, deflagrada no dia 8 de fevereiro. O coronel é alvo das investigações da PF que investigam a tentativa de golpe de Estado.

Segundo as investigações, Câmara é acusado de ter monitorado os deslocamentos do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O coronel também estaria envolvido no extravio e venda das joias do acervo da Presidência da República.

As investigações da PF revelaram que o general Augusto Heleno, além do tenente-coronel Mauro Cid e do coronel Marcelo Câmara, formavam um dos seis núcleos golpistas. O trio atuava no grupo de “Inteligência Paralela”.

Antes de ser preso, Câmara estava contratado pelo Partido Liberal (PL) para atender o ex-presidente Jair Bolsonaro. A remuneração é de R$ 18,5 mil.

 

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