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Empreender no Brasil é um desejo de muita gente que quer fazer seu próprio nome, ganhar clientes e ver o lucro crescer. Esse cenário, que mostra o que é empreendedorismo no nosso país, está cada vez mais forte e cheio de oportunidades para quem vem de diferentes áreas. No entanto, é importante conhecer a realidade difícil para qualquer nova empresa.

Mas afinal, como ser um empreendedor? Escolher esse caminho é mais que simplesmente querer ter seu próprio negócio; é necessário adotar um jeito de pensar e agir voltado para criar soluções novas e eficazes para os desafios do dia a dia. Essa maneira de agir pode transformar não só como a pessoa vê sua carreira, mas também como ela influencia a comunidade ao seu redor.

Neste texto, vamos mergulhar no ambiente atual do empreendedorismo no Brasil. Vamos mostrar como essa área está em alta e por que ela tem atraído tantos profissionais de diferentes setores. Continue a leitura para entender melhor.

O que é empreendedorismo?

O empreendedorismo pode ser entendido como o processo de iniciar e desenvolver um novo negócio, explorando oportunidades de mercado, enquanto gerencia os riscos associados a isso. Ele envolve inovação, criação de valor e, geralmente, busca atender as necessidades e desejos dos consumidores de maneira eficiente e lucrativa.

No Brasil, o empreendedorismo é visto com grande interesse e aspiração por muitos, tornando-se uma profissão dos sonhos para uma parte significativa da população. Isso se dá, em parte, devido às desigualdades econômicas e à falta de oportunidades em empregos formais, o que motiva muitas pessoas a buscar no empreendedorismo uma forma de melhorar suas vidas e alcançar independência financeira.

Desafios do empreendedorismo no Brasil

1. Ambiente regulatório e burocrático

O Brasil é conhecido por sua complexidade tributária e burocrática. Empreendedores frequentemente enfrentam regulamentações complexas e de alto custo, o que pode desencorajar a inovação e retardar o crescimento.

2. Acesso a financiamentos

Embora o acesso a financiamentos tenha melhorado com o advento de novas tecnologias financeiras e a crescente presença de investidores anjo e capital de risco, muitos empreendedores ainda enfrentam dificuldades para obter capital inicial. Isto é agravado fora dos principais centros urbanos ou em setores menos tradicionais.

3. Infraestrutura e educação

Limitações em infraestrutura e educação podem impactar negativamente o empreendedorismo. A falta de acesso a serviços básicos e uma força de trabalho muitas vezes não qualificada são barreiras que impedem o desenvolvimento de negócios mais sofisticados e tecnologicamente avançados. Além disso, a educação empreendedora, que prepara indivíduos para os desafios do empreendedorismo, ainda está em expansão.

4. Desigualdade e segmentação de mercado

O Brasil é um país de contrastes sociais e econômicos significativos, o que cria um mercado segmentado. Enquanto algumas regiões e grupos demográficos apresentam alto poder de compra e acesso a tecnologias modernas, outras áreas são marcadas por acesso limitado a recursos básicos, o que pode determinar o tipo e o alcance dos empreendimentos que podem ser desenvolvidos.

Oportunidades

Apesar de seus desafios, o cenário do empreendedorismo brasileiro apresenta boas perspectivas. Com uma população grande e diversificada, o país oferece um vasto mercado consumidor que cria oportunidades em diversos setores, desde tecnologia até serviços e produtos básicos.

Além disso, o Brasil tem experimentado um crescimento no número de startups, especialmente nas áreas de tecnologia como fintech, agtech e healthtech, com algumas startups começando a ganhar destaque no cenário global.

O apoio a empreendedores também têm se fortalecido, com o aumento de incubadoras, aceleradoras e co-working spaces que fornecem suporte para o desenvolvimento de novos negócios. Programas de mentoria e redes de investidores-anjo estão se tornando cada vez mais acessíveis, facilitando a jornada empreendedora.

Para futuros empreendedores, o sucesso requer não apenas paixão e perseverança, mas também uma compreensão profunda dos desafios específicos do contexto brasileiro e a habilidade de transitar no ambiente de negócios.

O perfil do empreendedor brasileiro

No Brasil, a diversidade dos empreendedores reflete a variedade do país. O relatório Global Entrepreneurship Monitor 2023/2024, oferece um panorama detalhado que nos mostra quem são esses empreendedores, além de suas principais motivações e os desafios que enfrentam.

Quem são os empreendedores brasileiros?

Em 2022, o Brasil tinha uma população de 215,3 milhões de pessoas e um PIB per capita de 17,8 mil dólares. Nesse contexto, a participação em atividades empreendedoras iniciais alcançou 18,6%, sendo maior entre os homens (22,8%) do que entre as mulheres (14,7%).

Esse índice coloca o Brasil em uma posição destacada no cenário global, mais precisamente na 13ª posição entre 46 economias analisadas.

Expectativas e percepções

Cerca de 70,9% dos adultos brasileiros conhecem alguém que abriu um novo negócio, o que nos coloca na 6ª posição mundial nesse aspecto. Isso mostra que há uma cultura empreendedora forte no país, reforçada por redes de contatos e exemplos ao redor.

No entanto, apesar de 65,4% dos brasileiros verem boas oportunidades para iniciar negócios em suas localidades, apenas 43,1% consideram que é fácil começar um negócio, indicando desafios relacionados a regulações e burocracias.

Impacto e motivações

O empreendedorismo no Brasil vai além do lucro. A maioria, 89,2%, pensa no impacto social de suas atividades e 90,4% consideram o impacto ambiental, mostrando um forte senso de responsabilidade social e ambiental entre os empreendedores brasileiros.

Quanto às motivações, 76,5% dos empreendedores iniciam negócios para fazer a diferença no mundo, enquanto 74,1% buscam uma forma de garantir a subsistência diante da falta de empregos.

Desafios e oportunidades

Empreender no Brasil não é fácil. Apesar de 48,7% dos adultos planejarem abrir um negócio nos próximos três anos, quase metade ainda tem medo do fracasso. Além disso, apenas 1,6% dos empreendedores conseguem mais de 25% de suas receitas de clientes internacionais, o que mostra as dificuldades para alcançar o mercado global.

Infraestrutura e suporte

O país tem pontos fortes como dinâmica de mercado e infraestrutura física adequadas. Por outro lado, há grandes desafios na educação empreendedora, na transferência de pesquisas e no acesso a financiamentos, com avaliações baixas que pedem ações para fortalecer o ecossistema empreendedor.

O empreendedor brasileiro está imerso em um ambiente que mistura um forte espírito empreendedor e uma visão de impacto social e ambiental com barreiras significativas. Isso exige dos políticos e dos próprios empreendedores esforços para refinar estratégias que promovam mais o empreendedorismo no país.

O papel do empreendedorismo no crescimento econômico

De acordo com a pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, realizada pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), cerca de 67% dos brasileiros entre 18 e 64 anos estão envolvidos de alguma forma com empreendedorismo, seja tocando seus próprios negócios ou planejando começar um.

Esses empreendedores não só criam empregos, como também introduzem novidades e serviços que podem mudar completamente os mercados. Eles são conhecidos por sua capacidade de inovar e por sua agilidade, montando empresas que se mantêm firmes mesmo quando a economia não ajuda.

Atualmente, mais de 93 milhões de brasileiros participam de atividades empreendedoras, uma das taxas mais altas do mundo. Isso mostra como a nossa cultura apoia a busca por soluções criativas e autônomas para problemas econômicos e sociais, o que fica claro no crescente número de startups e pequenas empresas que encontram maneiras novas e eficazes de explorar nichos de mercado.

Mais que uma opção de carreira, o empreendedorismo tornou-se uma via para a independência e a inovação num mercado global competitivo.

Inovação e impacto

A pandemia de COVID-19 deu um empurrão no empreendedorismo no país, pois muitos brasileiros tiveram que se reinventar e buscar novos meios de sustento. Décio Lima, presidente do Sebrae, diz que isso não só respondeu à falta de empregos convencionais, como também refletiu uma mudança no desejo das pessoas de viver e realizar sonhos de forma inovadora.

Em 2022, o Brasil viu um recorde de pessoas querendo empreender, alcançando números similares aos do Panamá, onde leis mais amigáveis e impostos mais baixos também fomentam o empreendedorismo.

Hoje, startups e pequenas empresas são essenciais para explorar nichos de mercado e atender necessidades locais de modo único e eficiente. O Sebrae aponta que há cerca de 20 mil startups ativas no Brasil, sendo 70% delas microempresas com faturamento de até R$360 mil por ano e mais de 58% operando no modelo B2B.

Essas empresas atuam em setores como Tecnologia da Informação, Saúde/Bem-estar, Agronegócio, Alimentos e Bebidas e Educação.

Web Summit Rio. Foto: Fabrício Vitorino/Metrópoles

Web Summit Rio. Foto: Fabrício Vitorino/Metrópoles

Com suporte de programas de incentivo e uma rede crescente de incubadoras e aceleradoras, os empreendedores brasileiros têm agora acesso a recursos que antes eram difíceis de alcançar, facilitando a transformação de ideias em negócios lucrativos e sustentáveis.

Além disso, em um país com alto índice de desemprego, essas novas empresas são fundamentais não apenas para criar empregos, mas também para desenvolver habilidades e competências que fortalecem nossa economia.

Qual o melhor tipo de investimento para iniciantes?

Para quem está começando, existem áreas promissoras como tecnologia, e-commerce e soluções sustentáveis, que não só oferecem bons retornos, mas também estão alinhados com as tendências futuras.

Tecnologia

O setor de tecnologia continua a expandir-se rapidamente, impulsionado pela necessidade constante de inovação e pela digitalização de serviços. Para os iniciantes, investir em startups tecnológicas pode ser uma jogada inteligente, especialmente elas forem líderes no mercado da transformação digital.

Comércio eletrônico

Com a internet mais acessível e o uso massivo de smartphones, o e-commerce tornou-se um campo fértil para novos investidores. As plataformas que oferecem produtos únicos ou experiências de compra personalizadas estão ganhando espaço rapidamente.

Além disso, modelos de negócios como dropshipping ou pequenas lojas virtuais podem ser um ponto de partida com baixo investimento inicial.

Soluções sustentáveis

Setor de energia solar. Reprodução: IstoÉ

Setor de energia solar. Reprodução: IstoÉ

Investir em soluções que promovem a sustentabilidade, como a energia solar, tecnologias de reciclagem e produtos ecológicos, não é apenas seguir uma tendência — prioridade imediata. Esses investimentos oferecem retornos financeiros atraentes e contribuem significativamente para um impacto positivo no meio ambiente, atraindo consumidores conscientes.

Para quem pergunta como ser um empreendedor e qual o melhor tipo de investimento para iniciantes, a resposta passa por escolher áreas que não apenas prometam retorno, mas que também conversem com os valores pessoais e profissionais do investidor.

Recomenda-se cautela e a busca por aconselhamento de especialistas financeiros, além de aproveitar recursos educacionais para entender melhor o mercado e diversificar investimentos, minimizando riscos. A chave está em fazer escolhas informadas e conscientes, especialmente em um ambiente tão variável quanto o mercado brasileiro.

Importância da educação e suporte para empreendedores no Brasil

Entender o que é empreendedorismo significa também olhar para a educação empreendedora como uma peça chave no desenvolvimento de novos negócios no Brasil. Mais do que apenas entender de gestão, o empreendedorismo engloba uma série de habilidades e conhecimentos essenciais para quem quer se destacar no mercado.

Dados do Sebrae apontam que a falta de preparo é uma das principais razões para o fechamento de negócios nos primeiros anos. Isso mostra como é importante ter acesso a programas que desenvolvam as habilidades necessárias.

Programas como Investidor Mestre e Empreendedor Mestre, do Instituto Conhecimento Liberta, são exemplos de iniciativas que oferecem conteúdo prático e atualizado, abrangendo desde a criação até a execução eficiente de um negócio.

Esses cursos não apenas fornecem conhecimento técnico, mas também promovem o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora através de módulos temáticos, que incluem:

  • Estudos de caso: empreendedores de sucesso, como Eduardo Moreira,  Rosangela Lyra, Duda do Coco, Oded Grajew e Ana Terra Reis, discutem desde a liberdade emocional e financeira até o minimalismo profissional. Essas aulas são fundamentais para inspirar e mostrar caminhos possíveis através de exemplos reais.
  • Marketing: são abordadas desde estratégias de crescimento de marcas até ferramentas digitais essenciais para empreendedores, destacando a importância da presença online e da correta utilização das mídias digitais para alcançar o público-alvo efetivamente.
  • Gestão financeira: aprofunda o conhecimento em aspectos como contabilidade e gestão financeira para pequenos empreendedores, importantes para a sustentabilidade de qualquer negócio.
  • Gestão de negócios: um panorama completo sobre como montar e administrar uma empresa com eficiência, abordando desde recursos humanos até compliance e aspectos jurídicos, preparando os empreendedores para enfrentar os desafios administrativos e estratégicos do mercado.

Além disso, o acesso a especialistas através das consultorias e mentorias oferecidas pelo ICL permite que os empreendedores façam ajustes estratégicos e melhorem continuamente suas habilidades. Esse acompanhamento é fundamental para que os negócios não apenas sobrevivam, mas também prosperem no competitivo mercado atual.

Conclusão

O empreendedorismo no Brasil representa uma oportunidade única de transformação e desenvolvimento econômico. Os empreendedores brasileiros são conhecidos pela sua energia e capacidade de inovar, marcando presença cada vez mais forte no mundo das startups e das novas tecnologias. Essa é uma razão para sermos otimistas.

No entanto, não é tudo fácil. Desafios como a burocracia pesada e o acesso complicado ao financiamento são barreiras reais. Ainda assim, as oportunidades não faltam para quem tem o sonho de montar seu próprio negócio. Mas o que é empreendedorismo? É fazer a diferença, causar impacto positivo e sustentável, não apenas economicamente, mas também na sociedade.

Se tivermos políticas mais acolhedoras e uma boa rede de apoio, o impulso para empreender pode realmente levar à transformação social e econômica que tanto buscamos. O Brasil é um local de pessoas criativas e dinâmicas, e essa é a base do nosso potencial empreendedor.

Para aqueles que estão pensando em começar, nossa dica é buscar informações e se conectar com comunidades e redes que possam oferecer a ajuda necessária para transformar uma ideia em realidade. Não esqueça, para entender o que é empreendedorismo e como atuar na área, é importante estar bem informado e apoiado.

Participe do maior evento sobre empreendedorismo do Brasil. Despertar Empreendedor. Os maiores nomes do Brasil reunidos para ajudar você a se desenvolver e acelerar o seu negócio. Dias 14, 15 e 16 de junho no Vibra São Paulo. Garanta seu ingresso. 

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